Coordenação motora fina, concentração, atenção, linguagem e muito mais. Esses são alguns dos pontos de desenvolvimento e crescimento de uma criança. Assim que o bebê consegue segurar algo em suas mãos, a primeira reação é levar o ‘novo brinquedo’ à boca. Com o tempo, eles começam a bater em outros objetos e, finalmente, tentam encaixá-lo em diferentes espaços. Essa sequência é natural e saudável dentro do desenvolvimento da criança.
Com o advento das telas, cada vez mais as crianças, mesmo as menores, passam a ter mais tempo frente à TV, tablet e celular. Isso também trouxe à tona a necessidade de existir um equilíbrio entre o uso de dispositivos tecnológicos e atividades que contribuam para o aprendizado. No mundo ideal, essas atividades ainda precisam ser algo que aguce a curiosidade e estimule a criatividade.
Tal coisa existe, e não é mágica! A resposta certa são brinquedos lúdicos, que unem diversão com o aprender e podem entreter a criança por muito tempo. Um estudo realizado pela empresa Play Pesquisa, encomendado pelo Grupo Leonora, destacou que crianças entre 3 e 12 anos no Brasil estão mais engajadas com brinquedos e atividades educativas – o que é incrível e deve ser incentivado!
Os brinquedos são essenciais em todo o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças, isso desde os primeiros meses. Através deles, a criança pode ser estimulada em todos os sentidos corporais, criar novas conexões neurais, e ter cada vez mais adaptabilidade ao mundo com seu crescimento.
Segundo o fisioterapeuta Dr. Gustavo Mondoni, no início de vida, brinquedos como livros com contraste em preto e branco, com luzes e música são muito indicados. Dos 3 aos 4 meses, a melhor opção são brinquedos que o bebê consiga segurar, porque auxiliam no controle inicial dos membros superiores. Dos 5 até os 9 meses, brinquedos com som, luzes e que se movimentam são fundamentais para gerar interesse nos bebês e auxiliar para que eles sejam estimulados a se movimentar. Desde um movimento de pescoço para seguir o brinquedo, até um engatinhar para tentar alcançar esses dispositivos: tudo é válido e importa.
“A melhor forma de estimular bebês e crianças em casa é brincando, de forma que seja o mais atrativo possível para eles. Claro, os estímulos devem ser condizentes à idade em que bebê ou a criança se encontra. Os estímulos motores são formas diferentes de gerar aporte sensorial dos sentidos corporais. Como, por exemplo: estímulos visuais com cores, luzes; estímulos táteis, com diferentes texturas; estímulos sonoros com timbres diferentes, músicas e tonalidade de voz; estímulos no sistema vestíbulo coclear do bebê, com mudanças de posicionamento; estímulos gustativos com brinquedos, diferentes temperaturas”, explica o fisioterapeuta.
Além disso, o Dr. Gustavo ressalta que os dispositivos digitais prejudicam o desenvolvimento infantil, e muito. “A OMS contraindica totalmente a utilização de telas para crianças menores de 2 anos, e após essa idade o uso deve ser feito por pouco tempo, de forma progressiva, com o avanço da idade dos pequenos”, indica.
10 dicas de presentes para o Dia das Crianças
A data, que é uma das mais esperadas pelos pequenos, não pode passar em branco. Mas é possível oferecer um presente que seja divertido e, ao mesmo tempo, ajude a criança no desenvolvimento, e bem longe das telas, como:
- Blocos de montar
- Jogos de encaixe
- Brinquedos e carrinhos de puxar
- Bonecas e bonecos flexíveis
- Instrumentos musicais
- Móbiles
- Relógios educativos
- Labirintos
- Quebra-cabeças
- Brinquedos de empilhar
Os olhos das crianças, independente da idade, brilham ao ver um desenho animado em alguma tela. Mas podem brilhar ainda mais ao ter a presença da família ao lado dela brincando com algum objeto simples, que não envolve tecnologia. Afinal, o aprendizado e o desenvolvimento são de extrema importância, mas são ainda mais válidos com tempo de qualidade com a família.