O futuro do MDB – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

10/10/2024 - 06:10

 

A bancada estadual do MDB reuniu-se, esta semana, em Florianópolis, para fazer uma avaliação do resultado das eleições. O tradicional almoço das terças-feiras também serviu para balizar como os parlamentares, em número de seis, se comportariam em relação ao governo Jorginho Mello daqui para a frente.

Afinal de contas, em vários municípios, o PL, presidido pelo governador, acabou, de alguma forma, subtraindo e conquistando prefeituras que pertenciam ao MDB. Os liberais também acabaram se sobressaindo, mesmo em cidades em que a sigla apresentava boas perspectivas. Realidade que acabou gerando um certo mal-estar nas hostes do Manda Brasa.
O MDB, vale lembrar, é o maior partido de Santa Catarina desde 1982, ano que marcou o restabelecimento das eleições diretas aos governos estaduais.

O partido nunca deixou de ser aquele que controlou o maior número de municípios, que comandou o maior número de prefeituras catarinenses. Supremacia que chega ao fim a partir de 1º de janeiro, na medida em que o PL elegeu 90 prefeitos contra 70 do MDB.

 

História

Ao longo de todo o período, desde 1982, a queda-de-braço dos emedebistas foi contra o PDS, que depois virou PPB, PPR e hoje é PP progressista. Mas nunca o MDB deixou de ter o controle da maior parte das prefeituras.

 

Segue o baile

Voltando ao pós-eleições de 2024. O MDB discutiu a sua relação com o governo Jorginho Mello. A priori sem nenhuma mudança. Tanto é que nessa quarta-feira, 9, o deputado licenciado Jerry Comper reassumiu a Secretaria de Infraestrutura.

 

Bancada

Comper é um dos seis integrantes da bancada estadual. Jorginho Mello, ainda antes das eleições, tentou levar o também deputado Antídio Lunelli para a Secretaria da Agricultura. Ele declinou do convite.

 

Objetivo

Tudo leva a crer que o governador ainda não desistiu de contar com a presença de Lunelli no colegiado. Conversações vão prosseguir nessa semana, nos próximos dias, no sentido de ampliar o espaço do MDB no governo. Até porque não é segredo para ninguém que Jorginho deseja ter o partido como aliado no seu projeto de reeleição de 2026.

 

Oposição

Na outra ponta, o MDB também é assediado pelo PSD, partido que elegeu prefeitos não em número muito significativo, foram apenas 41. Porém, a sigla comanda cidades estratégicas como Chapecó, Criciúma e São José.

 

Quinteto

Nessas três cidades, dois prefeitos foram reconduzidos: Chapecó e São José. Em Criciúma, Clésio Salvaro elegeu Vaguinho Espíndola. Teve também a eleição de Juliana Pavan em Balneário Camboriú e do seu pai, o ex-governador Leonel Pavan, na cidade de Camboriú.

 

Logo ali

Jorginho Mello deseja também estar próximo do MDB considerando as eleições para a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, eleição que vai ocorrer no próximo dia 1º de fevereiro.

 

Dois presidentes

A ideia é dividir o mandato. O primeiro ano para o MDB e o segundo para o PL do governador. São conversações no ambiente partidário, governamental, que também vão, de alguma maneira, acontecer como repercussão das eleições municipais do último domingo.

 

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