Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella, está em regime aberto desde maio de 2024, cumprindo o restante de sua pena em liberdade.
Ele teve a progressão para o regime aberto após 16 anos de detenção.
Nardoni deixou a prisão em 6 de maio, beneficiado por um alvará de soltura expedido pela Justiça.
O juiz José Loureiro Sobrinho, da Vara Criminal de São José dos Campos, afirmou que ele havia cumprido o tempo necessário para a progressão. Apesar da gravidade do crime, o magistrado considerou que isso não deveria impedir a ressocialização do réu.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) recorreu da decisão que permitiu a Nardoni a progressão para o regime aberto. “O recurso ainda não foi julgado, mas no dia 2 de setembro, a procuradoria apresentou parecer favorável ao provimento do recurso de agravo”, informou o MPSP.
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Atualmente, Nardoni tem cumprido as condições do regime aberto e, segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), não há novidades adicionais sobre o caso.
Desde que foi solto, o assassino reside na mansão da família e trabalha na empreiteira de seu pai, que ficam na zona Norte de São Paulo.
Com medo de ser hostilizado, quando sai de casa, o criminoso faz uso de boné, óculos escuros e carro com película 100% escura para tentar não chamar a atenção das pessoas.
O trabalho faz parte do acordo que fez com a Justiça para poder cumprir o restante da pena em liberdade.
Além do trabalho, a rotina dele ainda inclui reunião com amigos na piscina de casa.
Os condenados que cumprem sentença em regime aberto não podem frequentar bares, casas de jogos e outros locais que comprometam o benefício, sob pena de regressão a um regime mais severo.
Ana Carolina Oliveira, ex-namorada de Nardoni e mãe de Isabella, foi eleita vereadora de São Paulo pelo Podemos neste último domingo (6).
Ela destacou nas eleições para a Câmara Municipal de São Paulo, recebendo a segunda maior votação da cidade. A defesa de Nardoni não comentou a situação.
Relembre o caso
Isabella, filha de Nardoni, morreu em 2008, aos cinco anos. A acusação afirma que ela foi jogada da janela do sexto andar do prédio em que Nardoni e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, moravam.
Ambos foram condenados pela morte da criança em 18 de abril de 2002. Anna recebeu uma pena de 26 anos e 8 meses, tendo cumprido 15 anos antes de conseguir a progressão para o regime aberto em junho de 2023.
Nardoni, inicialmente condenado a 31 anos e 1 mês, conseguiu reduzir sua pena em cerca de um ano por meio de trabalho e estudos na prisão. Ele obteve a progressão para o regime semiaberto em abril de 2019, antes de ser transferido para o regime aberto em maio deste ano.