Um menino, de 10 anos, foi assassinado por um quarteto de adolescentes no Distrito Federal.
A criança foi encontrada no dia 13 de setembro, depois de 15 dias desaparecido.
Um dos suspeito de assassinar João Miguel sofreu agressão de populares no ponto de ônibus, quando voltava da escola, no Setor de Inflamáveis.
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O adolescente de 13 anos, que mora a poucos metros de distância da casa de João, acabou sendo atacado por sete meninos.
Segundo moradores, o envolvido no crime foi encaminhado para o hospital, mas a situação não é grave.
Entenda o caso
O assassinato de João Miguel contou com a participação de três adolescentes e um jovem, de 19 anos, todos conhecidos da vítima.
O jovem maior de idade, identificado como Jackson Nunes de Souza, é irmão da vítima e está preso desde o dia 27 de setembro.
A namorada dele, de 16 anos, é apontada como a mentora do crime.
As investigações, conduzidas pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), esclareceram a motivação do crime que abalou o DF.
O quarteto premeditou o assassinato após uma série de desentendimentos envolvendo João, Jackson e a namorada dele.
O menino costumava visitar a residência do casal, no Setor de Chácaras do Guará, onde vendia cigarros eletrônicos.
Em um depoimento prestado à Polícia Civil, a namorada de Jackson contou que João Miguel passou a cometer pequenos furtos na casa.
O crime
Segundo a delegada chefe da 8ª DP, Bruna Eiras, não foi um crime organizado, porém, foi premeditado porque eles já tinham a intenção de praticar.
Os adolescentes chamaram João Miguel, quando ele foi vender cigarro eletrônico, para fumar narguilé.
Enquanto o menor acendia o narguilé a menina se posicionou por trás menor, pegou uma corda e puxou pelo pescoço.
Após o golpe, o outro menor desferiu murros no rosto de João Miguel e colocou um vestido que já estava nas proximidades, na boca de João o asfixiando.
Após isso, o menino desmaiou e eles enrolaram o rosto do menor colocando mais um tecido na cabeça e vendando os olhos.
João foi amarrado no cabresto e o colocaram embaixo da cama da casa de Jackson, que é carroceiro.
Quando Jackson chegou e se deparou com aquela cena, a menina mostrou o que tinha acabado de fazer e celebrou que agora não teria mais furtos na casa.
Eles enrolaram o menor no cobertor e botaram ele num tonel amarelo de ração de cavalo.
Colocaram o menor em cima da carroça e foram transportar para o mapa onde ele foi localizado.
Após a ocultação do cadáver, a envolvida, juntamente com o outro menor, postaram uma foto no Instagram com a música os 10 mandamentos, do Mc Menor do Chapa, cujo a letra diz: “os nossos inimigos, nós vamos eliminar”, fato que contribuiu para a investigação.
Os menores vão responder por ato infracional análogo ao crime de homicídio e ocultação de cadáver.
Jackson, preso desde 27 de setembro, responderá pelos crimes de ocultação de cadáver e corrupção de menores, podendo pegar uma pena de até 15 anos de prisão.
*Com informações do Correio Braziliense