A ministra da Igualdade Racial do governo Lula (PT), Anielle Franco, afirmou em depoimento à Polícia Federal que o assédio sexual por parte do ex-ministro Silvio Almeida, exonerado do ministério de Direitos Humanos em setembro- teriam começado já na transição de governo, em 2022.
O depoimento ocorreu na manhã desta quarta-feira (2).
As informações são do blog de Andréia Sadi, no Portal G1.
A ministra depôs no inquérito que investiga supostos atos de assédio moral e sexual cometidos por Silvio Almeida enquanto ele era ministro dos Direitos Humanos.
No depoimento, a ministra afirmou que os atos foram escalando até chegar à importunação sexual, e que ocorreram também em viagens internacionais.
As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles no dia 5 de setembro e confirmadas pela organização Me Too, que atua na proteção de mulheres vítimas de violência.
Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirmou que atendeu mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente pelo ex-ministro. De acordo com as acusações, a ministra Anielle Franco estaria entre as assediadas.
Silvio Almeida negou as acusações e chegou a afirmar que seriam uma forma de desmerecer o seu trabalho “como homem negro”. O agora ex-ministro afirma que são “ilações absurdas” e que pediu apuração sobre elas enquanto ainda era ministro; ele chegou a solicitar abertura de uma investigação sobre a ONG Me Too Brasil, que recebeu as denúncias.