O Dia da Árvore, celebrado hoje (21), deveria ser um momento de reflexão e ação para todos nós. Em um mundo onde o desmatamento, as queimadas, a urbanização descontrolada e a exploração de recursos naturais continuam avançando a passos largos, as árvores se tornam vítimas silenciosas de um sistema que, ironicamente, depende delas para sobreviver. São elas que purificam o ar, regulam o clima, previnem a erosão, abrigam inúmeras espécies, entre outros benefícios. Porém, essa realidade é constantemente ignorada. Segundo dados recentes, o Brasil, dono da maior floresta tropical do mundo, a Amazônia, continua registrando taxas alarmantes de desmatamento e queimadas. O processo de exploração desenfreado e ilegal, tem colocado em risco a biodiversidade, e, por conseguinte, a capacidade do planeta de regular suas temperaturas e a saúde do ecossistema global. A árvore, que deveria ser símbolo de vida e renovação, tornou-se alvo de interesses econômicos imediatistas. A falta de políticas públicas consistentes para frear o desmatamento, aliada à negligência com a preservação ambiental, coloca em xeque o futuro das próximas gerações. A relação que mantemos com as árvores reflete nossa incapacidade de enxergar além do poder e da exploração. Que esse dia sirva para refletirmos sobre nosso papel individual e coletivo em prol da preservação. O plantio de árvores, por exemplo, é uma das ações mais simples e eficazes para reverter esse quadro, mas é insuficiente se não vier acompanhado de uma mudança estrutural, cultural e de atitude. A conscientização ambiental deve ser uma prioridade em escolas, empresas e governos. Que possamos, então, captar esse alerta: cada árvore cortada é uma perda irreparável para o meio ambiente, e o tempo para agir está se esgotando.