Liguei e tevê e fui ver a Cissa. Isso mesmo, a Cissa Guimarães e o programa “Sem Censura”, que ela apresenta diariamente na TV Brasil, 16 horas. Cissa e seus quatro convidados discutiam o luto. Todos tinham um luto sobre o qual falar ou chorar. Luto é uma perda pessoal, mas bem que pode ser outro tipo de perda. Não vou falar do luto pessoal, de perdermos uma pessoa querida, todos sabemos disso e não há muito a dizer… No programa, Cissa, falando dos lutos da vida dela, disse algo interessante: – “Eu não perdi, eu ganhei”! E disse das graças de ter vivido com a pessoa falecida, com as felicidades vividas juntos, com tudo de bom que aquela alma viveu com ela, ao lado dela e a ela dando felicidade. – “Então, disse a apresentadora, eu não perdi, eu ganhei, ganhei pelos tantos anos de felicidade que aquela pessoa me deu…”. Deixemos o programa de lado, vamos pensar sobre o nosso aqui e agora. A vida é feita de conquistas e de perdas, perdas ou graças um dia vividas e, como tudo na vida, passageiro. Aqui está o ponto. Tudo vem e vai na vida, tudo. Ter essa consciência, admitir essa verdade, é um passo à frente para um pouco mais de paz na vida. Perder uma pessoa? Perder um emprego apreciado? Perder o dinheiro arduamente ganho? São fases do jogo da vida. Aliás, o Eclesiastes, meu livro favorito na Bíblica, diz no capítulo 3:1 que – “Neste mundo tudo tem sua hora: tempo de semear, tempo de colher, tempo de falar, tempo de calar, tempo de nascer, tempo de morrer, tempo de derrubar, tempo de construir…”. A lista é longa. E dizendo isso, vem à lembrança os ensinamentos budistas que nos instigam ao desapego e a vivermos o aqui e agora, tudo o que podemos fazer para minimizar a consciência dos “eternos” que desejamos em nossa vida. Nada se eterniza em nossas vidas, nada. – “Ah, Prates, mas ter essa consciência nos tira o ânimo, afinal, vamos ficar pensando o tempo todo que o que estamos a gozar agora vai passar”. Vai. E quem garante que não haverá outros bons e “infindáveis” momentos? Infindáveis no “aqui e agora”, tudo o que temos e podemos viver.
VAIDADES
Hoje amanheci bíblico. Li uma manchete e lembrei-me outra vez do Eclesiastes. A manchete diz: – “Setor automotivo tem onda de lançamentos”. Sim, e daí, Prates? Daí que as pessoas querem carros novos e mais novos para… Alimentar suas vaidades e correr atrás do vento, como diz o Eclesiastes. Há carros com mais de 20 anos circulando por aí, vigorosos e “incansáveis”. Mas os exibidos e inseguros existenciais querem o exibicionismo dos motores para compensar suas cabeças vazias.
ÓRFÃ
Foi assim, num sinal de trânsito para ao meu lado um carrão, bota carrão nisso, e na direção uma jovem e bela mulher. E sabes o que ela fazia? Fumava um cigarro eletrônico. Pode isso? Pode. O que mais existe neste mundo sujo de hoje é gente órfã de pais vivos, ou de maridos ou esposas omissas. Não tem cabimento uma pessoa jovem, presumidamente saudável, fumando uma danação à saúde e à vida. Vai pagar, ah, vai! Estonteada!
FALTA DIZER
Notícia nacional… “Em meio à explosão do mercado de apostas online no Brasil, uma proposta do Ministério da Fazenda para a criação de uma força-tarefa contra o vício nos jogos está há um ano na gaveta…”. Ah, é? O povo tem ir a Brasília “de$cobrir” o que está acontecendo…