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Esther Dweck assume interinamente pasta de direitos humanos; Almeida alega “injustiça”

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

06/09/2024 - 21:09 - Atualizada em: 06/09/2024 - 21:52

A ministra Esther Dweck, responsável pela pasta da Gestão e Inovação, foi indicada para assumir interinamente a liderança da pasta de Direitos Humanos, após a exoneração do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após a divulgação de que a ONG Me Too Brasil recebeu denúncias de assédio sexual contra ele.

As informações são do portal G1 e do portal Metrópoles. Segundo o portal Metrópoles, que primeiro relatou as denúncias, a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) foi uma das vítimas.

Após reunião com Silvio Almeida, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a situação dele é insustentável e o tirou do cargo.

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, afirmou nota da Presidência.

A existência das denúncias foi divulgada na quinta-feira (5) pelo portal “Metrópoles” e confirmada em nota pública pela ONG, que combate a violência sexual. Segundo o portal, os episódios teriam ocorrido no ano passado e uma das vítimas foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Silvio Almeida nega as acusações e afirma ter pedido demissão. . Anielle Franco confirmou a informação do portal Metrópoles durante reunião interministerial nesta sexta-feira; durante reunião com Lula, segundo o blog de Natuza Nery no portal G1, Almeida teria chamado Franco de “mentirosa” e que as acusações seriam invenção e uma injustiça contra ele. A esposa do ex-ministro, Edneia Carvalho, alegou em uma série de postagens no Instagram que as acusações seriam “ataques racistas” e sinal de que “a branquitude não aceita a negritude no poder”.

Em nota após a demissão, Almeida ressaltou que a apuração dos fatos deve ser realizada com o rigor necessário, de modo a acolher e respaldar todas as vítimas de violência. “Será uma oportunidade para que eu prove a minha inocência e me reconstrua”, afirmou.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).