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Alexandre e seus comparsas – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

04/09/2024 - 06:09

Está tudo dominado. Impressionante. O imperador Alexandre, o pequeno, o diminuto, decidiu banir, de forma monocrática, o X do Brasil.
E aí foi muito generoso, bonzinho. Chamou a primeira turma do STF a se manifestar.
Claro que, ao fazer isso, o cidadão já tinha os votos necessários para confirmar a sua decisão. Assim se sucede, na segunda-feira, quando os dois primeiros votos respaldaram integralmente a sentença de Alexandre. Também pudera: foram os votos de Cristiano Zanin e Flávio Dino, os dois apontados por Lula da Silva para o STF.
Mas não foram apenas eles que votaram, que respaldaram integralmente o voto do diminuto.
Assim como Carmen Lúcia, aquela que costumava sustentar a liberdade de imprensa, aquela coisa toda. Tudo lorota, evidentemente, ou alguém ainda se engana de que essa turma segue a lei e tem convicções? A lei agora são eles e ai de quem questionar.
Já Luiz Fux também apoiou, embora tenha feito ressalvas.

Lorota

Aí eles vêm com a conversa de que a liberdade de imprensa não é absoluta, que é fundamental que tenhamos respeito à legislação, à lei, à Constituição. Perfeito, é isso mesmo que sustentamos ao longo do tempo.

Baliza

Este espaço nunca defendeu que profissionais de imprensa podem dizer o que querem da forma que querem. Há uma legislação a ser observada.

Ônus

Fundamental que se tenha responsabilidade sobre cada manifestação. Não resta a menor dúvida disso. Mas o que se acompanha hoje no Brasil é censura prévia no contexto da opinião.
Simples assim. Absolutamente nada a ver com a legislação.

Censura democrática

Agora, é curioso que quando o X estava sendo controlado pela esquerda – e censurou inúmeras contas nas eleições de 2022, nunca houve nenhuma ofensiva. Aí estava tudo certo. Foi Elon Musk comprá-la, aí já começam a surgir problemas, porque ele é de direita. É a ditadura da esquerda, da toga, do consórcio Planalto-STF.

Parcialidade suprema

O Supremo Tribunal Federal, especialmente Alexandre, o pequeno, e os demais ministros, em sua esmagadora maioria, são seletivos nas suas decisões. Só contra a direita. A esquerda pode tudo. Tá tudo liberado.

Pesos e medidas

Isso já ficou escancarado no governo Bolsonaro, que dia sim e outro também, era questionado, cobrado, orientado, recebia determinação para agir assim ou assado. E com o governo Lula? Negativo. Nada disso.

Ululante

Agora a exigência é para o estrangeiro. Isso é óbvio. Claro que ele tem que estar de acordo com o que exige a legislação brasileira, bem como os brasileiros.

Regra clara

Maravilhoso, não é mesmo. Desde que se parta da premissa que o ministro supremo esteja agindo dentro da legalidade, da constitucionalidade, que não é o caso de Alexandre. Está pilotando o inquérito do fim do mundo, interminável.

Abuso infinito

Já há muitos anos, desde 2019, portanto há cinco anos, de forma absolutamente arbitrária, autoritária, com abuso de autoridade, e desrespeitando a Constituição e a lei, para fazer valer a sua vontade.

Dissimulado

Foi assim no caso do X. Ele queria que o X assumisse a sua decisão judicial de bloquear usuários e derrubar a rede social, como se a decisão fosse dele, da empresa X, e não por determinação de Alexandre, o diminuto.

Eu quero

A partir do momento em que a empresa começou a desnudar tudo, aí o imperador ficou incomodado, porque tem que ser como ele quer.

Voz

Arthur Lira, o presidente da Câmara, se insurgiu de maneira surpreendente até, discordando da decisão de Alexandre em relação não propriamente ao X, mas ao fato da decisão ter alcançado o Starlink, que é uma empresa também de propriedade de Elon Musk.

Ladrões

O deputado fez uma colocação perfeita, sim, porque no escândalo das Americanas não bloquearam a conta dos acionistas da Ambev.
Situação semelhante em analogia. Simples assim.

Bingo

E aí, para encerrar, nós lançamos mão de uma manifestação do ex-senador pelo Distrito Federal, que foi ministro da Justiça, e também ministro do Supremo, num julgamento de 1996, de um Habeas Corpus. Maurício Corrêa disse o seguinte: ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que emanada de autoridade judicial. Mas é dever de cidadania opor-se a ordem ilegal. Caso contrário, nega-se o Estado de Direito.

Foras-da-lei

Por isso que o brasileiro tem que, no próximo sábado, ocupar o asfalto, lotar a Avenida Paulista, para se insurgir contra a ditadura da toga pilotada por Alexandre com a aquiescência de todos os seus colegas, que além de comparsas, são coniventes com as suas ilegalidades.

 

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