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Nunca estamos sozinhos – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

02/09/2024 - 07:09 - Atualizada em: 29/08/2024 - 15:13

Às vezes fico pensando, ah, se eu pudesse voltar atrás não faria Psicologia, a psicologia vivida no dia a dia é uma danação permanente, o sujeito não deixa de avaliar, como psicólogo, qualquer piscar de olho próprio ou dos outros. A Psicologia só existe em razão das encrencas humanas, a felicidade não é objeto dessa psicologia das maluquices humanas. Ontem, numa rápida reunião de pessoas amigas, uma mulher, faixa dos 50 anos, com um sorriso no canto da boca, disse que se ela tivesse dinheiro e pudesse iria morar lá longe, longe de certas pessoas da família e outras situações que a incomodam. De imediato, lembrei-me de uma das propostas da Psicologia que estudei na PUC de Porto Alegre, a proposta que nos enfatiza que – nós somos nós e nossas circunstâncias. Ninguém escapa e não tem como escapar. Se estiveres agora com uma corda no pescoço, leitora, sofrendo um incômodo de qualquer tipo, podes ir para a China que vais levar contigo tuas circunstâncias. Temos dentro de nós e levamos para onde formos nossos valores, nossos credos, nossos amores e nossas antipatias. E um problema familiar não resolvido vai nos aborrecer o tempo todo, estejamos onde estivermos. Um morador de rua sem família, sem colegas, sem nada nem ninguém não está sozinho, como muitos pensam. Ele está com ele e as circunstâncias dele, valores, desejos, lembranças boas e ruins, outros mendigos por perto, pessoas de quem ele vai precisar para ganhar a comida de que precisa, vai ter que se comportar senão a polícia o pega, etc etc. Quer dizer, um mendigo sem nenhum familiar por perto, sem amigos, sem nada nem ninguém não está só, ele está sempre com ele e as circunstâncias dele. Não temos como fugir, mas temos como melhorar. Como? Revendo valores, nossos e dos outros, dos que fazem parte das nossas circunstâncias, observando nossas condutas, mais das vezes, despercebidas e encrenqueiras… Ninguém está só sem depender de ninguém. Podemos ir para o outro lado da Terra, estaremos com “os nossos”, de um modo ou de outro. Então, é admitir essa verdade, diminuir os ranços e entender que não somos muito diferentes dos outros. Somos nós e nossas circunstâncias. É adaptarmo-nos e mudar para amenizar…

GRACINHA

Nunca gostei de humor que envolve sexo, é um esforço barato, chulo, revelador do “humorista”. Li no F5, portal de notícias: – “Galvão Bueno diz que já teve sexo com a mulher atrapalhado por cachorro: – “Saímos pelados para o hotel”! Isso aconteceu em Bali. Gracinha? Não para mim, para mim é falta de grandeza. No mesmo espaço, uma jovem, influencer, dizendo que – “Chega a transar 18 vezes em 12 horas”. Vai mentir lá no galpão, bobona. Enfim, fala se queres que te conheça…

VIDA

Nunca deixo passar histórias contadas por longevos. Acabei de ler sobre o inglês, de Liverpool, John Tinniswood. Ele acaba de celebrar 112 anos. Perguntado sobre o segredo dessa longevidade, ele diz que não sabe, que não tem a menor idéia e que nunca fez nada para viver tanto assim… Não falou de comidas, não falou de exercícios, de nada, disse que está vivendo porque está vivendo. Bem honesto.

FALTA DIZER

Nenhum veto ajuda ao veleiro que não tem rota definida. Nós somos “veleiros humanos”, precisamos de um leme, de uma rota. Infelizmente, a maioria anda sem leme e sem rota, não sabe exatamente o que quer da vida, pega o que der… A maioria está atracada, não aproveitando os ventos porque não sabe o que fazer… Pilhas no despertador!

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.