Notícias ruins na largada da campanha – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

27/08/2024 - 06:08

O sinal de alerta soou do PSD catarinense. A cúpula estadual está apreensiva com os rumos da campanha eleitoral em Santa Catarina, sobretudo nos grandes municípios. Em dois deles, pipocaram notícias desfavoráveis nos últimos dias.
Primeiro em Criciúma, onde o prefeito Clésio Salvaro foi denunciado por organização criminosa e fraude em licitações. Denúncia essa patrocinada pelo Ministério Público de Santa Catarina. Em São José, na Grande Florianópolis, o prefeito Orvino Dávila acabou perdendo algumas batalhas na Justiça Eleitoral.
O pessedista tentou, pela via judicial, determinar a retirada das redes sociais de um vídeo do ex-deputado Bruno de Souza, hoje liberal, que o criticava fortemente. O jurídico do prefeito de São José alegou que o ex-parlamentar estava fazendo campanha antecipada.
Deram um tiro no pé. A campanha eleitoral está liberada desde o dia 16. Ação movida pelo PSD deixa transparecer um certo desespero por parte do comando eleitoral de Orvino.

Mal na foto

Dentre os principais prefeitos de Santa Catarina candidatos à reeleição, a situação mais desesperadora, sofrível é a de Orvino. Não só pela condução política e eleitoral, mas por estar realizando uma administração que deixa muito a desejar.

Serviços prestados

Diferentemente de Clésio Salvaro, já no quarto mandato como prefeito de Criciúma. O sulista merece a aprovação significativa de quem mora na maior cidade da região.
Ocorre que, diante da denúncia patrocinada pelo MPSC, ele acaba enfraquecido para impulsionar a candidatura de seu ungido, Vaguinho Espíndola. Até porque o candidato depende fundamentalmente da transferência de voto de Salvaro, agora vulnerabilizado pelas investigações.

Roncando alto

O PSD costuma declarar, em alto e bom som, que é o partido que administra o maior número de catarinenses — cerca de dois milhões e meio de pessoas —, por conta de estar à frente de um número importante de prefeituras.
Listemos cinco delas. Duas na grande Florianópolis. A capital, com Topázio Silveira Neto; e São José, com Orvino de Ávila. Além, claro, de Criciúma com Clésio Salvaro e também Lages com Antônio Ceron. A quinta é Chapecó com João Rodrigues. Só que tem um detalhe. Dessas cinco cidades, a perspectiva é de derrota em três delas.

Serra acima

Em Lages a fatura está liquidada. Não tem a menor chance ali o PSD. Na verdade, nem candidato o partido tem. Apoia o nome do União Brasil, Lio Marin.
Criciúma e São José já contextualizamos. Sobra Chapecó. Sim, porque em Florianópolis, o prefeito, favorito, está de saída do PSD. Migrará para a base de Jorginho Mello.
Então, de grandes municípios, para o PSD é Chapecó, se nenhum terremoto ocorrer na capital do Oeste. Se ampliarmos um pouco o leque, vemos os pessedistas com excelentes perspectivas em Balneário Camboriú, graças à barbeiragem do PL. Os liberais inviabilizaram a candidatura, favorita e natural, do deputado Carlos Humberto.

Megalomania

O processo na Dubai brasileira ficou sob a batuta do prefeito, em fim de mandato, Fabrício Oliveira. Ele tornou, ao que tudo indica, o processo sucessório fadado ao insucesso. Se não fosse essa barbeiragem de Balneário Camboriú, o PSD ficaria só com Chapecó.

Claudicante

Quando observamos o cenário em Joinville, maior colégio eleitoral, e Blumenau, que reúne o terceiro maior número de eleitores em SC, o PSD nem lançou candidato nas duas cidades.
Mesma situação em Jaraguá do Sul. Ou seja, o PSD é um mero coadjuvante nesses três municípios.

Cidade Azul

Segunda maior cidade do Sul, Tubarão também não tem cabeça de chapa pessedista. O partido tem candidato em Brusque, Itajaí e em Palhoça, mas com perspectivas desalentadoras nos três municípios.

Marketing x vida real

O que se observa é que o PSD catarinense fez muita marola, garganteando que é o partido que vai marcar posição para 2026, mas tem tudo é para sair cambaleante de 2024.

 

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