O Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul completou 58 anos de fundação nesta quinta-feira (22). Uma cerimônia foi realizada no auditório da Comunidade Luterana Apóstolo Pedro e o tradicional acionamento da sirene da torre da sede do Centro foi realizado.
Durante o evento, o OCP entrevistou o comandante Neilor Vincenzi, que é bombeiro há 21 anos, 10 deles dedicados ao comando da corporação. Segundo ele, houve uma grande evolução tecnológica nos equipamentos e nas viaturas empregadas no socorro aos jaraguaenses.
“Estamos sempre atentos a novas tecnologias e temos um grande desafio para o futuro. Temos viaturas com bastante tecnologia, mas precisamos continuar evoluindo. Jaraguá do Sul precisa de viaturas cada vez mais evoluídas tecnologicamente e sabemos que o que temos é um grãozinho daquilo que existe no mundo”, destaca o comandante.
“Quem trabalhou no passado sabe as dificuldades com a manutenção dos veículos. Hoje, nós temos viaturas novas e em plenas condições de uso. Isso tudo porque a comunidade abraça e ajuda o bombeiro. Tivemos a doação recente de uma ambulância da família Werninghaus e outra vai chegar através da Associação dos Bombeiros Voluntários no Estado de Santa Catarina e hoje recebemos uma Renault Oroch para Centro de Ensino”, completa.
Os novos veículos são adquiridos com a ajuda da comunidade e ela acaba sendo beneficiada com isso. Ele destaca que novas viaturas e as novas ferramentas trazem mais qualidade para o socorro das vítimas durante as emergências. Neilor também lembra que esses equipamentos reduzem o risco de erros durante as operações de resgate de uma pessoa encarcerada em um automóvel em um acidente de trânsito, por exemplo.
“Nós utilizamos ferramentas de corte elétricas, muito mais fortes que as hidráulicas de antigamente. Só para se ter uma ideia, os equipamentos antigos tinham um poder de corte de 25 toneladas e as atuais 140 toneladas. Os veículos atuais são diferentes dos construídos há 15 anos, com estruturas mais fortes e que exigem um poder maior de corte”, explica.
Ainda no campo da tecnologia, a corporação estuda a implantação de ferramentas de inteligência artificial. O comandante ressalta que esse tipo de tecnologia pode ajudar na otimização das tarefas dos bombeiros no dia a dia.
Neilor afirma que há uma dificuldade crescente na adesão de novos voluntários na corporação. Os alunos precisam passar por um curso de formação para só então atuarem dentro nos quadros.
“Precisamos de pessoas que tenham disponibilidade para fazer um curso de 580 horas e depois fazer as escalas. São 36 horas por mês, três plantões de 12 horas cada”, finaliza.
