Uma professora auxiliar de uma escola pública estadual de Biguaçu é acusada de utilizar fita adesiva para tapar as bocas de duas alunas, de 6 e 7 anos, alegando que elas estavam “falando demais” durante a aula. A situação gerou indignação e mobilizou tanto as famílias quanto as autoridades locais.
Segundo relato de um dos pais, a professora teria colocado fita adesiva na boca de sua filha e de uma outra aluna, deixando-as assim durante uma aula inteira.
“A professora se sentiu no direito de colocar uma fita (isso mesmo) na boca dela e de uma outra criança, alegando que ela também não parava de falar e deixou ambas uma aula inteira com a fita na boca”, afirmou o pai em suas redes sociais.
O caso foi registrado em um boletim de ocorrência por uma das mães, e a Polícia Civil já começou a investigar o ocorrido. De acordo com a instituição, foi solicitado à unidade escolar informações preliminares para auxiliar na apuração dos fatos.
Além da Polícia Civil, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) também foi acionado e iniciou um procedimento de investigação por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Biguaçu.
A mãe da aluna mais nova contou que soube do incidente por meio de uma vizinha, que também tem uma filha na escola. Após a denúncia, ela se reuniu com a equipe escolar, onde foi informada pela professora que a ação fazia parte de uma “brincadeira do silêncio”.
“Depois que a menina contou pra gente, a gente foi perguntar para ela (a filha), e ela confirmou. A outra menina [a prima] também confirmou. Realmente foi o que aconteceu. E outros colegas da sala tiveram a mesma fala”, relatou a mãe.
Diante da gravidade do caso, a Secretaria de Estado da Educação (SED) anunciou que a professora auxiliar será afastada de suas funções. Além disso, o Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre) foi acionado para prestar apoio e acompanhamento às estudantes envolvidas.
A outra mãe envolvida também registrou boletim de ocorrência, mencionando que sua filha sofreu uma “agressão” na escola. A comunidade escolar e os órgãos competentes seguem acompanhando o desdobramento da situação.