O 12º Comando Regional de Polícia Militar (CRPM) promoveu um painel sobre a violência contra a mulher em Jaraguá do Sul. O evento alusivo ao Agosto Lilás ocorreu na tarde de terça-feira (20), no auditório Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Vestuário.
A delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), Roberta Franco França, a perita criminal Marina Pain, chefe do 13º Núcleo de Polícia Científica, a vereadora Nina Camelo, procuradora da Mulher, Rosane Sasse, secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Vestuário, e o jornalista Cláudio Costa, editor de Segurança Pública do OCP, participaram do evento a convite da comandante do 12º CRPM, coronel Arlene Sousa da Silva Villela.
Os convidados falaram sobre a atuação das entidades e das polícias nas ocorrências envolvendo violência de gênero. Em seguida, os oficiais e praças dos batalhões da circunscrição do 12º CRPM realizaram perguntas sobre os temas expostos durante as falas. Segundo a coronel Arlene, o objetivo foi ouvir cada uma das instituições que participam da segurança pública na cidade para melhorar o combate à violência contra a mulher.
“Tivemos a oportunidade de ouvir de cada um os pontos positivos e também os negativos para melhorar o combate à violência contra a mulher. A partir do momento que você conhece as pessoas, fica mais fácil abrir portas e resolver problemas com dados que elas têm e muitas vezes as outras não têm. Falar sobre assunto, não mascarando, é importante para ampliar o diálogo com a sociedade”, frisa a comandante.
A delegada lembra que todos os órgãos que atuam na segurança pública têm o mesmo objetivo: a segurança da população. O trabalho entre as polícias é integrativo e ela lembra que ações que promovem esse tipo de diálogo são essenciais para a um combate efetivo a esse tipo de crime.
“Eu acho difícil falar em eliminação desse tipo de crime, mas todos trabalhamos por uma redução desses índices. Esse trabalho em conjunto é importante porque a violência contra a mulher impacta nas famílias e esses atos transcendem as gerações. Como serão essas crianças criadas em lares violentos quando forem adultas?”, questiona Roberta.
Costa lembra que o papel da imprensa é essencial para mostrar a realidade da violência de gênero e, principalmente, conscientizar a população sobre o que pode ser feito para combater. Durante a exposição, ele ressaltou a parceria do OCP com as polícias na cobertura desses crimes.
“A imprensa não é uma agência de segurança pública, mas está todos os dias ao lado das polícias para informar a população sobre esses crimes. A divulgação das informações de uma forma ética e transparente é de vital importância para que casos de violência doméstica não tenham desfechos trágicos”, comenta o jornalista.