Nesta quinta-feira (15), autoridades dos Estados Unidos anunciaram denúncias criminais contra cinco pessoas envolvidos na morte do ator Matthew Perry, famoso por seu papel na série “Friends”. Entre os acusados estão dois médicos e um assistente de Perry, que integravam uma “ampla rede criminosa clandestina” responsável pela distribuição de grandes quantidades de cetamina para o ator e outras pessoas, segundo o procurador federal Martin Estrada.
Estrada afirmou em uma coletiva de imprensa em Los Angeles que os réus se aproveitaram dos problemas de dependência de Perry para obter lucro. O ator, que faleceu aos 54 anos em outubro do ano passado, morreu devido aos “efeitos agudos” da cetamina, um poderoso sedativo, combinado com outros fatores que levaram à perda de consciência e ao afogamento na banheira de hidromassagem de sua residência, conforme revelado pela autópsia.
A investigação, conduzida por detetives de Los Angeles e agentes federais, revelou que Perry obteve o medicamento através de canais ilegais. O relatório de autópsia de dezembro de 2023 confirmou que a morte do artista foi causada pelos efeitos agudos da cetamina, que, combinados com outros problemas como doença arterial coronariana e a presença de buprenorfina, contribuíram para sua fatalidade. Os exames toxicológicos detectaram níveis perigosamente altos de cetamina em seu corpo, indicando que o medicamento estava sendo administrado sem supervisão médica adequada.
Embora Perry tenha publicamente enfrentado problemas com abuso de medicamentos e álcool ao longo dos anos, incluindo durante seu tempo em “Friends”, ele estava sóbrio há 19 meses antes de sua morte. O relatório da autópsia revelou que Perry estava em tratamento com infusão de cetamina para depressão e ansiedade, com o último procedimento conhecido ocorrendo uma semana e meia antes de seu falecimento. A cetamina encontrada em seu corpo, portanto, teria sido administrada após essa última infusão.