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Acidente histórico: Queda de avião em Florianópolis, há 44 anos, matou 55 pessoas

Boeing da Transbrasil bateu em um dos morros da Ilha de SC | Foto: Reprodução/ O Estado

Por: Ewaldo Willerding Neto

14/08/2024 - 10:08 - Atualizada em: 14/08/2024 - 17:30

Os últimos dias foram marcados por acidentes aéreos no Brasil. Na sexta-feira (9), um avião da Voepass caiu em Vinhedo (SP) matando todas as 62 pessoas que estavam a bordo. Na segunda-feira (12), dois aviões tiveram pneus furados ao pousarem em Viracopos, Campinas (SP); e em Florianópolis, ambos sem vítimas.

O Brasil já registrou 54 ocorrências de acidentes aéreos em 2024, conforme o site Rede de Segurança da Aviação (ASN), da Flight Safety Foundation, uma organização internacional dedicada à segurança da aviação. No mundo, o site computou 842 ocorrências e 273 fatalidades em 2024.

Mas pelo menos um acidente está vivo na memória dos moradores mais velhos de Florianópolis. No dia 12 de abril de 1980, o Boeing 727, da extinta Transbrasil, caiu na Ilha de Santa Catarina, matando 55 pessoas, muitas de famílias tradicionais da Capital catarinense.

Foto: Reprodução/ O Estado

O voo 303 da Transbrasil, que saiu de Belém rumo a Porto Alegre, após passar por Fortaleza, Brasília, Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo.

Entre Congonhas e o antigo aeroporto Hercílio Luz, o avião passou por uma frente fria que provocou tempestades localizadas, resultando em uma turbulência. O Boeing já estava rumo ao pouso em Florianópolis no início da noite, quando a visibilidade ficou muito baixa, por conta da chuva.

O comandante Geraldo Teixeira, piloto da aeronave, cometeu um erro fatal: ele acreditava que estava sobrevoando a Baía Norte, em direção à pista de pouso, no entanto, o avião se direcionava aos arredores de morros.

O Boeing bateu violentamente contra o Morro da Virgínia, a 300 metros de altura, na altura do bairro Ratones, Norte da Ilha. Os moradores perceberam o grande veículo metálico caindo próximo às 20h40. Houve um voo baixo, que não foi suficiente para reduzir o impacto, e pôde-se ouvir um estrondo seguido por um incêndio.

Dos 58 indivíduos presentes no avião durante o voo, apenas três sobreviveram: o advogado Flávio Barreto e o casal Marlene e Cléber Moreira, cujo filho bebê faleceu. O local do acidente acabou em destroços, onde muitos foram realizar saques e furtos.

Quando foi lançado o relatório final da investigação pela Aeronáutica, foi revelado que o avião fora deslocado de sua rota original pelos fortes ventos da tempestade, descartando o erro humano como causa do acidente. Após o episódio, foi recomendado ao aeroporto a instalação de equipamentos de auxílio ao pouso.

 

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.