Alvo de fake news e de ataques constantes na internet, Imane Khelif conquistou a medalha de ouro na categoria até 66kg do boxe nas Olimpíadas de Paris ao vencer a chinesa Liu Yang, por decisão unânime.
A presença da argelina nos Jogos foi questionada após ser desqualificada por teste de gênero da Associação Internacional do Boxe (IBA) antes do Campeonato Mundial de Nova Délhi, Índia, no ano passado. O Comitê Olímpico Internacional (COI), porém, não reconhece a IBA e liberou a pugilista para o evento.
Imane foi submetida a um teste de gênero pela IBA e o presidente da associação, o russo Umar Kremlev, afirmou que a argelina teria cromossomos XY. No entanto, não divulgou o resultado oficial.
A polêmica aumentou na estreia da boxeadora em Paris, quando a italiana Angela Carini abandonou a luta em 46 segundos alegando dor intensa no nariz após sofrer dois golpes no rosto.
O caso gerou boatos de que Khelif, nascida e criada mulher cisgênero, seria uma atleta transgênero. Isso resultou em uma série de ataques a lutadora nas redes sociais e seu pai chegou a vir a público para mostrar fotos e sua certidão de nascimento para garantir que a atleta era, de fato uma mulher.