Fóssil de 270 milhões de anos encontrado em Santa Catarina

Foto: Divulgação

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

08/08/2024 - 12:08 - Atualizada em: 08/08/2024 - 12:11

Um fóssil raro com aproximadamente 270 milhões de anos foi recentemente descoberto em Major Vieira, no Planalto Norte de Santa Catarina, durante uma caminhada religiosa. Este achado inesperado surpreendeu um grupo de peregrinos que percorriam mais de 130 quilômetros pelo interior da região. A descoberta ocorreu em maio deste ano, quando Ezequiel, um dos participantes da caminhada, encontrou o fóssil na localidade de Pulador. Leandro Castro, arquiteto e urbanista, relatou: “Ele veio até mim e disse: ‘Se você adivinhar o que eu tenho, te dou de presente’. Na hora, me veio à cabeça que era um fóssil, e acertei. Acabei ganhando.”

O fóssil encontrado é um vestígio de uma antiga conífera, ancestral dos pinheiros e outras espécies semelhantes. Após o achado, o fóssil foi levado para casa e só posteriormente se compreendeu a importância da descoberta. Luiz Carlos Weinschutz, pesquisador da Universidade do Contestado, explicou.

“Esse fóssil pertence a uma árvore conífera muito primitiva, com cerca de 270 milhões de anos. Embora seja relativamente conhecido pela comunidade científica, é um achado raro e registrado apenas em áreas específicas de Major Vieira, Irineópolis, Canoinhas e Três Barras.” Weinschutz ressaltou a relevância do fóssil para entender a história geológica da região, que há milhões de anos era coberta por florestas e rios.

O arquiteto Leandro Castro decidiu disponibilizar o fóssil para a Escola Luiz Davet, proporcionando a professores e alunos a oportunidade de estudar e observar de perto essa relíquia da pré-história. Castro também enviou imagens do fóssil para o Museu de Mafra, onde o professor de paleontologia confirmou a idade do fóssil em cerca de 270 milhões de anos.

Vale destacar que este não é o primeiro achado significativo na região. Em 2020, durante a seca do Rio Negro, foi possível avistar parte da estrutura de um Mesossauro, um réptil aquático que viveu na região há cerca de 280 milhões de anos. Carlos Eduardo Fiolek, coordenador do Museu do Contestado, foi o primeiro a notar esse fóssil, que agora está exposto no museu.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).