Atenção sociedade jaraguaense! A violência contra a mulher é uma mazela que nos assombra, enquanto cidade conhecida por seu alto padrão de vida e desenvolvimento socioeconômico. Soa paradoxal que, em um lugar onde a qualidade de vida é motivo de orgulho, tenhamos um índice alarmante de agressões e abusos contra mulheres e vulneráveis. Esta contradição gritante exige um “BASTA”, por meio de ações concretas e duras.
A cada ano, os números dessa violência crescem, escancarando uma realidade assustadora: o problema não apenas persiste, mas se intensifica. O ano de 2023 registrou 945 crimes envolvendo violência contra mulheres em Jaraguá. Entre 1º de janeiro e 1º de agosto deste ano, o número de casos já chega a 987.
Essa epidêmica mazela lança uma nuvem negra sobre a imagem de uma comunidade que se orgulha de seu desenvolvimento e prosperidade. De fato, somos prósperos, mas não estamos sendo desenvolvidos. É hora de Jaraguá mostrar sua real “fachada”. Esse paradoxo revela um profundo problema enraizado em nossas estruturas sociais e culturais. A violência contra a mulher não é apenas uma questão de segurança pública, mas uma falha sistêmica que envolve educação, valores e, sobretudo, a perpetuação de um machismo estrutural que ainda insiste em sobreviver.
É preciso questionar a eficácia das políticas públicas, dos programas de prevenção e do suporte oferecido às vítimas. Esse tema sombrio tem sido motivo de infindáveis editoriais OCP. Porém, chegamos à conclusão que manifestos de indignação já não são suficientes. Passaremos a clamar, agora, por ações implacáveis. A rede de proteção, já atuante, precisa ser fortalecida, com mais abrigos, apoio psicológico e assistência jurídica. As campanhas de conscientização devem ser amplas, constantes e incisivas, atingindo todas as faixas etárias e sociais.
É essencial que a comunidade se una em torno desse objetivo, promovendo uma cultura de respeito e igualdade, sem se abster da denúncia. As leis precisam ser rigorosamente aplicadas e os agressores punidos exemplarmente. É hora de Jaraguá do Sul enfrentar essa vergonha de frente e mostrar que seu alto padrão social não é apenas uma fábula, uma quimera, mas, um lugar onde todas as pessoas, especialmente as mulheres, possam viver com dignidade e segurança.
Nossa imagem está maculada, pois, cada agressão é uma ferida aberta na nossa sociedade, um lembrete doloroso de que não estamos fazendo o dever de casa. Que essa indignação se transforme em um movimento amplo, consistente, vigilante e contínuo de mudança, para que possamos, finalmente, nos orgulhar não apenas das conquistas econômicas estruturais, mas também, da justiça, dignidade e respeito a todos os cidadãos.