O Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde (Semae), apresentou nesta terça-feira (30) um estudo sobre Risco e Adaptação Climática com 84 medidas que podem ser implantadas pelos municípios catarinenses para diminuir os estragos causados por eventos naturais extremos.
A publicação Risco Climático e Adaptação para Mesorregião Sul Catarinense, que teve como base de pesquisa durante um ano os 46 municípios da região Sul, foi elaborada pela Gerência de Clima e Energia da Semae e apresentada durante o 1º Seminário Catarinense de Adaptação às Mudanças Climáticas.
As medidas de adaptação foram divididas em seis setores estratégicos: das 84 medidas totais, 21 abordam cidades, 15 são da área da agricultura, 9 para indústria, 8 para transporte e logística, 17 para zonas costeiras e 14 para biodiversidade.
O secretário de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde, Guilherme Dallacosta, falou sobre a importância das ações de adaptação climática e do trabalho integrado com os municípios. “A pesquisa que nós apresentamos no Seminário Catarinense de Adaptação às Mudanças Climáticas é de suma importância para que os municípios entendam como eles podem agir na prática. O resultado dessa pesquisa apontou 84 medidas que compreendem ações estruturais e ações não estruturais que podem ser colocadas em prática lá no município. Então, nós temos, essas 84 ações, divididas em seis eixos, que podem ser trabalhadas para planejamento das cidades, implantação de indústrias, agricultura de baixo carbono, melhorias em sementes, biodiversidade com a questão da recuperação e preservação de matas ciliares, melhoria da cobertura florestal, enfim, uma série de iniciativas que foi apresentada para que os municípios possam colocar isso em prática e reduzir o risco climático”.
Dallacosta também observou que Santa Catarina é um estado que tem sofrido muito com eventos climáticos extremos, com chuvas persistentes, ciclones, erosão costeira e estiagem. “Então, é preciso a gente entender a necessidade e como vamos agir para enfrentar todos esses eventos que estão cada vez mais frequentes e com intensidade maior. Esse estudo que nós apresentamos é um início para que a gente possa replicar ele para outras áreas do estado e criar um modelo de plano de adaptação climática para Santa Catarina”, finalizou.