Das 5.333 árvores catalogadas até o momento pelo inventário florístico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 2.179 são de tipos exóticos e “teoricamente deveriam ser cortadas”. A informação consta em ofício do reitor Irineu Manoel de Souza em resposta ao pedido do deputado Padre Pedro Baldissera (PT) para que seja aplicada no campus da Trindade a lei 17.694/2019, que proíbe a existência da espécie exótica espatódea em todo estado de Santa Catarina.
A espatódea, muito comum em lugares públicos na capital catarinense, também é conhecida como “árvore assassina” e está proibida por lei em Santa Catarina desde 2019, por liberar uma substância tóxica que mata abelhas, beija-flores e outros pequenos insetos inofensivos.
No ofício enviado ao deputado Padre Pedro a UFSC informa também que “de acordo com as restrições de pessoal, tempo e recursos financeiros, a substituição das espatódeas não está no horizonte temporal dos próximos dois anos e entrará futuramente no plano de substituição das exóticas do campus Trindade”.
“Seria bom levar em conta as milhares de abelhas, beija-flores e outros insetos inofensivos que morrerão nesses dois anos”, comentou Padre Pedro. A Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC informou ainda que “algumas” espatódeas já foram substituídas e que a Universidade entende “a importância da substituição de indivíduos arbóreos exóticos de maneira geral”.