No mês de agosto, celebra-se a campanha do Agosto Dourado, cujo propósito é conscientizar a sociedade sobre a importância da amamentação para a saúde e o desenvolvimento humano. Não se trata de um ato de nutrição por si só, mas, um símbolo de cuidado e sustentação da vida, cujas implicações se estendem para além do âmbito biológico, atingindo dimensões sócio existenciais.
Vale destacar que a amamentação é um dos primeiros gestos de conexão humana, onde a mãe oferece um rico alimento e, junto com esse, o amor, a segurança, o respeito, a dignidade e a base para um desenvolvimento integral e saudável. No ato de amamentar, a mãe e o bebê formam um vínculo indissolúvel que transcende o tempo e o espaço, simbolizando a capacidade inata de cuidar e ser cuidado.
Esta relação nos lembra que a humanidade prospera na medida em que cuida dos seus membros mais vulneráveis. Portanto, amamentar é um ato de fé na humanidade, uma crença de que, por meio do cuidado, podemos moldar um futuro mais saudável, justo e harmonioso. Estudos científicos apontam, outrossim, que o aleitamento materno proporciona benefícios nutricionais e emocionais, contribuindo para a redução da mortalidade infantil e para o fortalecimento do sistema imunológico. Em um mundo cada vez mais consciente da necessidade de práticas sustentáveis e de saúde integral, a amamentação emerge como uma prática natural e essencial.
Por isso, estimular a amamentação com políticas públicas e educação, é, também, promover a inclusão e igualdade. A conscientização e o apoio a mães de todas as classes sociais para que possam amamentar seus filhos, refletem um compromisso com a equidade e, por conseguinte, com uma sociedade forte e saudável. Em essência, o Agosto Dourado nos convida a refletir sobre a sociedade que queremos construir. Por fim, não se pode ignorar que todas as crianças, independentemente de seu contexto e condição econômica, têm o direito fundamental ao melhor começo.