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Agosto Dourado busca conscientizar sobre a importância da amamentação

Foto: Arquivo pessoal

Por: Elisângela Pezzutti

24/07/2024 - 06:07 - Atualizada em: 24/07/2024 - 09:54

O mês de agosto é marcado pela conscientização sobre a importância da amamentação. Chamada de Agosto Dourado, a campanha foi instituída por lei federal e existe desde 2017. Durante todo o mês são realizadas diversas ações por iniciativa municipal e por instituições e organizações ligadas ao aleitamento materno.

“Temos uma programação intensa voltada para as mães, gestantes, lactantes, pais e toda a rede de apoio, preparada com muito carinho por profissionais de saúde de diferentes áreas e acadêmicos de Nutrição para levar o máximo de informações possível aos interessados”, informa a gerente de Gestão Estratégica de Políticas Públicas em Saúde da Prefeitura de Jaraguá do Sul, Joyce Ribeiro Bueno.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) é que a amamentação seja realizada até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros seis meses o bebê receba exclusivamente o leite materno, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos.

Programação

A Secretaria Municipal de Saúde tem agendados workshops sobre aleitamento materno, que serão realizados na Rua Marina Frutuoso, 740, no Centro da cidade, em três datas diferentes: no dia 10 de agosto, às 9h30, o tema será “Pai não é ajudante” e vai falar sobre o importante papel do pai nos primeiros meses de vida do bebê; no dia 15 de agosto, às 18h30, será abordado o tema “A Alimentação da gestante no período gestacional”; e no dia 27 de agosto, às 18h30, o tema em discussão será “Como seguir com a amamentação depois da volta ao trabalho e amamentação prolongada”.

No dia 3 de agosto, também será realizado o “Mamaço 2024”. O encontro vai acontecer na Via Verde, reunindo mães e seus bebês em um ato simbólico que tem por objetivo naturalizar o ato de amamentar em qualquer espaço e a qualquer hora. Haverá uma série de atividades, incluindo yoga, pintura gestacional, mesa de café e uma oficina de sling – espécie de faixa de pano resistente e ajustável que possibilita transportar o bebê aconchegado ao corpo da mãe, permitindo posicioná-lo da forma mais confortável possível e que respeita o amadurecimento lento e gradual das suas estruturas ósseas e musculares.

Interessados em participar das ações do Agosto Dourado em Jaraguá do Sul podem obter mais informações pelo WhatsApp (47) 3370-5864.

Foto: Divulgação/PMJS

A Hora do Mamaço é uma iniciativa da Assembleia Mundial da Saúde (AMS) Brasil, representada no município pela consultora de lactação, Fernanda Fock, que promove o evento anualmente desde 2016, com apoio da Prefeitura de Jaraguá do Sul, Banco de Leite do Hospital Jaraguá e demais instituições e organizações que apoiam a causa. Este ano, o Coletivo de Doulas Entre Partos também está participando.

A doula Brunna Tays Kruger, de 32 anos, faz parte do Coletivo de Doulas Entre Partos e participa das ações do Agosto Dourado como palestrante. O grupo tem uma página no Instagram (@entre.partos). Brunna conta que terminou o curso de formação de doula há cerca de um ano. Formada em Ciências Contábeis, ela também é pós-graduada em Aleitamento Materno, justamente para auxiliar as mulheres desde a gestação até depois do nascimento dos bebês. “Eu presto consultoria e ofereço um suporte mais completo para as mães, ajudando-as a superar qualquer dificuldade que possa aparecer durante o processo de amamentação. O intuito é também atender mulheres de baixa renda, pois toda mulher tem ou deveria ter o direito de ser acompanhada por uma doula, porque o parto é um momento muito especial na vida dela”, destaca.

O Coletivo de Doulas tem uma página no Instagram, com diversas informações | Foto: Divulgação

A informação faz a diferença

Brunna diz que o seu interesse em se tornar doula surgiu depois de se tornar mãe. “Quando eu estava grávida, estudei muito sobre parto e vi que as coisas não são tão instintivas como a gente imagina que é. Tem que ter bastante preparação para este momento. Durante a amamentação, também tive alguns ‘perrengues’, com fissuras em um dos peitos, e ali a gente vê que não é só instinto, tem que ter bastante informações, buscar conhecimento para que as coisas sejam mais tranquilas”, destaca.

Uma de suas palestras é sobre amamentação prolongada, já que ela mesma passa por esta experiência, pois ainda amamenta a filha Sophia, de três anos e meio. “Pretendo fazer o desmame natural, em que a criança decide quando quer parar de mamar no peito”, explica.

Desmame natural: Brunna ainda amamenta a filha, Sophia, que está com três anos e meio | Foto: Arquivo pessoal

Ato de resistência e persistência

Brunna também ressalta que não se deve romantizar a amamentação. “Amamentar é um ato de resistência e persistência. Resistência contra essa cultura do desmame que a gente tem, uma indústria muito forte que faz a mãe duvidar da sua capacidade, e persistência porque a mãe que quer amamentar tem que ser muito guerreira, pois o início, por vezes, não é fácil, tem as fisssuras, a dor. Mas, quando a gente tem um bom suporte, uma rede de apoio e informações sobre amamentação, sabe que é uma fase, que vai passar, que é só ajeitar a pega da mama que vai dar tudo certo, é possível a amamentação prolongada”.

A doula reforça o convite para as mães participarem do Mamaço do dia 3 de agosto, na Via Verde. “A comunidade surda também está convidada, porque vai ter intérprete de libras”, ressalta.

Conexão entre mãe e filho

Any amamentou o filho, Theo, até os dois anos de idade | Foto: Arquivo pessoal

A executiva de mídia do OCP, Any Mary Choptian Winter, de 36 anos, conta que para ela a amamentação foi um tempo muito gostoso de conexão com o filho, Theo, que hoje tem dois anos e meio. “Eu tive a orientação sobre aleitamento materno com a minha doula, Vanessa Santos. O Theo, ainda no hospital, pegou bem certinho a mama. Graças a Deus, não tive dores, nem fissuras. Consegui amamentar ele até os dois anos”.

Ela diz que parou com a amamentação após esse período porque as mamadas noturnas estavam lhe deixando exausta. “Sempre tive o apoio do meu marido, o que me fez conseguir amamentar por tanto tempo. O bom é que com dois anos foi mais fácil de explicar para ele que não precisava mais mamar e poderia pegar a mamadeira”, completa.

Banco de Leite do Hospital e Maternidade Jaraguá

Caso você tenha qualquer dúvida relacionada à amamentação, procure o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Jaraguá, que funciona diariamente das 8h às 18h, ou entre em contato pelo telefone (47) 3274-3053 ou WhatsApp (47) 99992-6197. Todas as mães em processo de amamentação ou desmame recebem atendimento do BLH. Se você reside na região de Jaraguá do Sul e quer ser uma doadora de leite, basta entrar em contato com a unidade. O hospital busca o leite nas residências das doadoras para facilitar o processo.

Todas as mães em processo de amamentação ou desmame recebem atendimento no BLH | Foto: Divulgação

 

O hospital busca o leite nas residências das doadoras para facilitar o processo | Foto: Divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.