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O preço da felicidade – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

24/07/2024 - 07:07

Na hora certa, costumo ser bem-educado, na hora certa, eu disse. São poucas essas horas. Já explico. Se eu disser o que vou dizer a seguir para um boboca cheio de dinheiro ele vai achar graça ou me mandar longe, dizendo que estou falando como um pobretão. Vou relembrar uma pesquisa feita nos Estados Unidos e adaptada para o Brasil. Brasileiros pegaram os números americanos e os adaptaram para o Brasil. Vamos lá, quanto custa a felicidade? Não, não estou falando no vazio de uma possível e elástica psicologia, estou falando em números, em dinheiro mesmo. Quanto custa a felicidade? Os americanos fizeram os cálculos deles por lá e os brasileiros copiaram por aqui. Encurtando a conversa, para ser feliz um brasileiro precisa ganhar por ano em torno de R$ 215 mil. Quer dizer, dividindo esse número por 12 vai dar R$ 17 mil e pouco… Esse é o preço da felicidade. Pode parecer brincadeira, mas o assunto é sério. Parando para pensar, com 17 mil por mês dá sim para viver muito bem e ainda fazer uma farrinha. Todavia, os folgados do bolso, os abobados da corte dizem que isso não dá para nada, bah, 17 mil é dinheiro de… Nem vou dizer. Agora, colocando a bola no centro do gramado, vamos convir, para ser feliz precisamos de muito pouco ou mesmo de nada. Precisamos do mínimo de que precisamos e de uma cabeça folgada, aí sim, uma cabeça rica. Rica de paz, de inteligência existencial, de equilíbrio diante das hoje fora dos trilhos tentações. Tentações em que caem os frouxos, os que se comparam com os outros sem saber das loucuras e desesperos desses outros. Olhe, já disse isso aqui, é bem possível achar um mendigo de rua mais feliz que muitos e muitos e muitos podres de ricos. E não estou falando como pobre que quer tapar o sol com a peneira. Quem tiver olhos de perceber – mais do que apenas ver – sabe disso. O menos pode ser muito mais ao longo da vida. Os ricaços insones sabem disso. Certo? Que bom, então, vamos sair da casca e dar um jeito de chegar a esses 17 mil e uns quebrados. Muita gente está longe disso, mas… Tudo é possível ao que crê!

MENSAGENS

No portal da NSC… Charge do Zé Dassilva, um baita talento e figura humana magnífica. Na charge, um caminhoneiro pergunta a um transeunte: – “Por favor, como faço para chegar em Santa Catarina”? E o transeunte responde: – “Pega a direita, depois a direita, direita de novo, direita, direita…”! Genial, Zé. E no mesmo dia, li no porta da NDmais: – “Santa Catarina lidera ranking de estelionato virtual no Brasil”. Para pensar, pensar no banheiro…

CABELOS

No Canal Viagem, televisão. Programa – Restaurantes Incríveis. Imagens e detalhes de um restaurante brasileiro em Milão, Itália. O dono do restaurante, o Chef, usava uma touca na cabeça, correto, tem que ser assim para quem trabalha na cozinha, só que… O cara tem um baita cavanhaque, uma cabeleira sem proteção no queixo. Não tem cabimento. Detalhe que passa batido pela maioria, nojeira pura.

FALTA DIZER

Pior que mexer no lixo é tentar saber do futuro. Se pudéssemos saber do futuro, bah, explodiriam as loucuras e os suicídios na vida. No futuro de todos nós haverá algumas coisas boas, sim, mas… Haverá danações de todo tipo, melhor então é viver o aqui e agora numa boa. Ademais, cuidando bem do aqui e agora, o futuro será mais manso…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.