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Olho vivo, mulheres! – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

13/07/2024 - 07:07

 

Lembro muito de vivências por que passei na vida infantil. Uma dessas vivências foi ouvir quase todos os dias alguém de uma família pobre dizer: – “Ah, vou rezar para que a minha filha case com um fazendeiro”! Nasci no interior do Rio Grande do Sul, onde havia muitos fazendeiros. E como os fazendeiros eram tidos por ricos, uma jovem pobre casar com um deles era uma loteria premiada. Loteria premiada em que sentido? – Ah, os caras têm dinheiro, minha filha vai ter confortos e vida fácil, diziam os pais levianos, a maioria ainda hoje. Acabo de saber de um caso parecido, uma repetição. A história envolve dois colegas meus, jornalistas. Trabalhamos juntos numa mesma tevê, em Porto Alegre, faz tempo. Ele era repórter e ela fazia de tudo um pouco na redação. Os dois namoraram e casaram. Passado um tempinho, o colega foi demitido, mas não se abateu, partiu para um negócio próprio e deu muito certo. A partir desse momento ele começou a insistir para que a esposa, jornalista ativa, deixasse a tevê, parasse de trabalhar, ela não precisaria disso, afinal, ele hoje ganhava mais que o suficiente para os dois. E ele foi insistindo e batendo na mesa para que ela abandonasse a profissão. E ela obstinada, não parava, não se demitia. Encurtando a conversa, separaram-se. Um divórcio inevitável, inevitável desde que a mulher tenha caráter, dignidade, se respeite. Por que muitos homens querem que suas esposas (não gosto de dizer “suas mulheres”) deixem o trabalho? Não é por outra razão senão por medo, eles sabem que o ambiente de trabalho é “perigoso”, sempre tem alguém de olho em alguém, seja a pessoa solteira ou casada. Uma admiração silenciosa, um

desejo contido ou não, vai que… Os homens sabem bem disso, ô… Sendo assim, por que seria diferente com “suas mulheres”, suas propriedades? As meninas precisam ser “severamente” educadas por suas famílias, educadas para uma independência saudável, tanto a independência financeira quanto a independência emocional, sem depender de ninguém. O amor tem que ser uma união especial, mas sempre com a porta aberta para a independência ou do pegar a mala e cair fora. É para recortar e colocar na porta da geladeira, onde haja meninas, e também para o mural da escola. Certo? Acho bom!

 

VIDAS

Você já viu um ricaço ir a um posto de saúde fazer doação de sangue? Viu coisa nenhuma, só o fazem se for caso de extrema necessidade e para um parente, ainda assim, olhe lá! Pois é, mas sabemos de incontáveis casos de gente metida que foi salva por doação de sangue alheio, sangue de gente pobre. Ou, mais ainda, ganharam coração ou rim de um pobre que não teve defesa…

 

HOMENS

Dia destes um desembargador paranaense disse que as mulheres andam loucas correndo atrás de homens, foi criticado, mas… Ele tem razão… As mulheres têm mesmo que “correr” atrás de Homens, porque o que anda por aí, por estupenda maioria, são camaradas vestidos de homens, mas Homens mesmo, bah, mais difícil que achar agulha em palheiro. As Mulheres sabem disso…

 

FALT A DIZER

Acabo de ouvir uma discussão sobre o futuro do rádio, as tecnologias atuais, isso e mais aquilo. Tudo bobagem. Rádio é “voz”, tem que ter pessoas falando, vivendo a vida com os ouvintes, um tipo de parceria que só o “rádio voz” pode fazer. Ouvir música se pode ouvir num disco antigo, mas o rádio é o rádio-voz, companhia. Uma companhia cada vez mais necessária.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.