Após meses de desenvolvimento, lançamos nesta semana o Monitora SC, uma plataforma de BI (Business Intelligence), desenvolvida pelo meu gabinete com assessoria de uma empresa especializada, para acompanhar os dados de todas as obras e os investimentos realizados nas rodovias estaduais de Santa Catarina. Com essa ferramenta, é possível checar, por região, os contratos que estão em aberto, os que serão iniciados, os paralisados, os atrasados, dados da empresa responsável pela obra, aditivos, caso tenha, e ainda, os valores investidos.
Esta é uma das principais entregas do meu mandato aos catarinenses e reflete uma grande preocupação minha em relação à boa gestão dos recursos da nossa população, bem como da qualidade e celeridade dos serviços que serão entregues aos catarinenses, principalmente, em relação às rodovias que são, atualmente, o grande gargalo da nossa infraestrutura, sendo o modal que exige mais recursos, mais manutenção e novas obras. Como presidente da Comissão de Transportes da Alesc, senti a necessidade de ter dados de maneira rápida e clara sobre as obras que estão sendo feitas. E são muitas obras.
Antes de gestor público e político, tracei minha vida na iniciativa privada e entendo os impactos da transparência dos dados nos resultados. E na iniciativa pública não é diferente. Para aprimorarmos a máquina pública, precisamos de agilidade, eficiência, assertividade no uso dos recursos e isso só se alcança ao se conhecer o real panorama. E conhecendo a realidade e baseando decisões em dados reais, factíveis e precisos, será possível alcançar as transformações necessárias e promover, de fato, as entregas que os catarinenses necessitam.
Precisamos estar sempre de olho nos bons exemplos e replicar as melhores soluções na administração pública, que, historicamente, é defasada, pesada e morosa. Nosso estado é considerado o “Vale do Silício” brasileiro e, portanto, não precisamos sequer olhar para exemplos de “fora” para inovar. Basta olharmos para nossa própria vocação e seguirmos por aqui mesmo, o caminho da inovação e novas tecnologias que possam modernizar e impulsionar a gestão pública.
Em Jaraguá do Sul, por exemplo, foi o que fizemos. Quando assumi, senti muita dificuldade em conseguir informações confiáveis e rápidas sobre o andamento das ações das pastas. Chamamos uma equipe de TI e desenvolvemos a Sala de Inteligência e Gestão e, com isso, passamos a ter dados em tempo real de tudo, até mesmo os detalhes de cada real investido pelo município.
Desta forma, com essa filosofia de modernização e transparência na máquina pública, nossa equipe conseguiu tomar as melhores decisões e garantir mais entrega. Nosso objetivo é, sem dúvidas, seguir trabalhando para colaborar com o Governo do Estado em sua jornada pelos catarinenses.
Dá trabalho, mas é possível fazer. Não é fácil romper o estado de inércia, que historicamente faz parte da administração pública, mas precisamos agir. Não tem receita pronta, tem processos: detectar os gargalos, analisar dados, alocar recursos, projetar e partir para a ação. Resolutividade é o que se deve buscar, visando uma administração eficiente, assertiva, próspera e enxuta. Os catarinenses têm pressa.