Quando iniciei minha carreira profissional como Fisioterapeuta, não tinha ideia onde meus caminhos iriam trilhar. Mas uma coisa eu tinha certeza, queria trabalhar com a promoção da saúde. Iniciei com grupos de alongamentos, me aprimorei em Reeducação Postural (RPG) e logo em seguida o Pilates chegou a minha vida, no ano de 2005.
Eu não tinha muito entendimento sobre a técnica, mas encarei o desafio e fui construindo um relacionamento com o método que me despertou a vontade de saber mais. Ao contrario do que muitos pensam o Pilates não é um método que você aprende uma vez e pronto. É um longo caminho de estudos para começar a entendê-lo e depois lapidar esse conhecimento.
Pilates é um processo de constante aprendizado, de imersão, de aprofundamento, de conhecimento e autoconhecimento. É assim que eu enxergo o método. Uma construção que é preciso viver e sentir em muitos aspectos. Não apenas o corpo físico, mas possibilidade de nos permitir e nos aprofundar num caminho de constante transformação e de evolução.
Para mim, ser instrutora de Pilates ultrapassa o repassar exercícios, é ser uma ferramenta de transformação na vida do outro. É se permitir, se abrir para as infinitas possiblidades que aparecem a todo instante, enxergar com outro olhar, cuidar dos detalhes, ir além, mergulhar profundo e deixar que as conexões e os encontros aconteçam.
Toda busca é individual e intransferível, o trabalho é duro, o caminho não é fácil, mas com cuidado, com dedicação, perseverança, disciplina, com diligência e amor, tudo se torna possível.
São meus alunos que todos os dias, vão sentindo a minha escolha. Cada sorriso, cada olhar, carrega uma superação intima. Como não estudar diariamente, por 19 anos o método Pilates?
Não é colecionar certificados na parede. É se aprofundar no tesouro que Joseph Pilates deixou para nós. É focar no que me faz crescer, lembrar-se de cada montanha escalada, cada dificuldade vencida, cada desafio ultrapassado, é lembrar-se do tempo e de tantos momentos diferentes vividos.
Minha trajetória de estudante de Pilates não tem fim. Não é querer dar um pulo e chegar ao topo da montanha, é subir um pouco todos os dias e vivenciar esse processo. Não há duvidas sobre a constância e a consistência que de fato trazem resultados.
A única coisa que não morrerá em nós é o que existe dentro do nosso coração. Ter a possibilidade de sentir e viver o Pilates é um presente, poder gerar transformação através da nossa transformação é uma dádiva.
