Homem que matou ex-companheira é condenado a 45 anos de prisão em SC

Foto: Cláudio Costa/Arquivo OCP News

Por: Claudio Costa

09/07/2024 - 05:07 - Atualizada em: 09/07/2024 - 05:30

A pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), um homem foi condenado por homicídio triplamente qualificado contra a ex-companheira. A Justiça fixou a pena em 45 anos de reclusão. O julgamento aconteceu na última sexta-feira (5), no Fórum da Comarca de Campos Novos. O Promotor de Justiça Alexandre Penzo Betti Neto conduziu a acusação, apresentando aos jurados as provas coletadas durante o processo investigatório e rechaçando a tentativa da defesa de inocentar o réu.

“O crime é extremamente grave e infelizmente não foi possível atender ao pedido dos filhos da vítima, que clamam por, pelo menos, mais cinco minutos com a mãe. Porém, não foram medidos esforços para que fosse dada uma resposta aos familiares e à sociedade camponovense. Os jurados acolheram integralmente os pedidos do Ministério Público e mais uma vez a comarca promoveu a justiça”, disse.

O fato aconteceu na noite de 29 de novembro de 2022. Segundo a denúncia do MPSC, o réu foi até a casa da ex-companheira, no bairro Nossa Senhora Aparecida, a agrediu e disse para os dois filhos dela se despedirem, pois nunca mais a veriam. Na sequência, ele a matou com cinco tiros por não se conformar com o fim da relação.

As qualificadoras imputadas foram o feminicídio, pois o crime ocorreu em um contexto de violência doméstica e familiar contra mulher; o emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, afinal ela não pôde esboçar qualquer reação aos disparos; e o motivo torpe, pois a ação foi motivada pelo sentimento de posse, pois não aceitava o fim do relacionamento.

Na época dos fatos, o réu estava foragido do sistema penitenciário. Ele permaneceu em prisão preventiva durante toda a instrução processual, foi reconduzido ao Presídio Regional de Chapecó logo após a leitura da sentença e não poderá recorrer em liberdade.

As duas crianças tinham quatro e nove anos de idade e presenciaram o início das agressões contra a mãe. Elas foram levadas a um sítio logo após o crime e hoje moram com a avó materna na Argentina.

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, marketing digital e pós-graduando em inteligência artificial.