A Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama), atua como um órgão licenciador e mediador do desenvolvimento da cidade há 18 anos. Seu papel, visto muitas vezes como um órgão de fiscalização, é também somar para o crescimento da economia local, seja ao emitir uma licença ambiental para uma nova empresa, um loteamento, ou até mesmo na dispensa de um licenciamento, quando for o caso.
Contribuir para o equilíbrio entre o desenvolvimento e a sustentabilidade faz parte da rotina da fundação. Isso acontece também por meio do resgate de animais silvestres que depois de salvos são tratados e devolvidos à natureza.
De acordo com a Fundação, a frequência com que diferentes espécies aparecem nas áreas urbanas está associada a busca por alimentos e a proximidade entre os ambientes que compõem o ecossistema da cidade.
Segundo o presidente da Fujama Ivo Schmitt Filho, a busca por mais qualidade de vida em uma cidade como Jaraguá do Sul passa pelo desenvolvimento econômico, mas cada ação realizada na cidade acontece sem abdicar do respeito ao meio ambiente.
“A educação ambiental e conscientização tem que ser de ordem continuada”, afirma Ivo Schmitt, sobre as práticas das escolas da rede municipal, que promovem por meio de palestras reflexões sobre o cuidado com a natureza.
Para a Fundação, os cuidados com o meio ambiente estão entre os desafios de Jaraguá, em especial, com o crescimento da cidade.
O presidente da Fujama lembra que no ano 2000, a população jaraguaense era estimada em 105 mil habitantes, já em 2024, esse número chegou a 190 mil, quase que dobrou em menos de 25 anos. Este crescimento da população que busca melhores condições de vida e também traz àcidade mais força de trabalho para o seu desenvolvimento é bastante positivo, por outro lado, aponta para necessidade cada vez mais urgente, que é cuidar dos limites entre o homem e o ecossistema.
Entre as ações que envolvem a Fujama na participação do desenvolvimento municipal, também estão a mantenção do controle ambiental, o cuidado e monitoramento com as emissões de poluentes, poluição sonora e agressões à natureza.
O resgate de animais domésticos, por vezes abandonados ou que se perderam por alguma razão, também ocorre com frequência e se tornam ações da instituição, quando não identificados por seus donos ou deixados doentes são medicados, tratados e encaminhados para a castração e controle por meio de chipagem.
Mas as ações não param por aí, as frentes de atuação da Fujama se estendem para práticas que envolvem a conscientização da população. Um exemplo disso, são as parcerias que permitem práticas como o Ponto de Entrega Voluntária (PEV), gerenciado pela Samae desde 2020. Em paralelo a este trabalho, a Fundação também realiza a coleta de materiais recicláveis, por meio do Programa Saco Verde. A prática visa a separação dos diferentes tipos de materiais recicláveis.
Crescimento e planejamento
Povoada há 148 anos, Jaraguá do Sul iniciou ocupando as áreas mais planas e próximas aos rios. Conforme esses espaços foram sendo ocupados, sua extensão alcançou a totalidade dessas áreas. Hoje, existe a possibilidade do crescimento chegar às áreas mais altas do município em seu entorno, entretanto, de forma sustentável, licenciadas e dentro dos critérios, como foi desde que iniciou a urbanização.
Outra demanda, fruto dos esforços da Prefeitura de Jaraguá do Sul, passa pela Secretaria da Planejamento e Urbanismo, e teve lei aprovada em que a cidade agora pode ter gabaritos mais altos, que permite prédios de até 90 metros de altura, ou seja, 30 andares.
Por fim, destaca-se que embora em muitas cidades e estados o desmatamento seja constante, em Jaraguá do Sul, felizmente, ao celebrar seus 148 anos da sua fundação, celebra-se orgulhosamente o cuidado com as pessoas e o meio ambiente preservando o equilibrio da vida.