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Não, ele não é culpado – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

28/06/2024 - 07:06

Acabei de ler uma postagem de um jornal de São Paulo e sou forçado a voltar ao assunto. Não há saída, o cotidiano humano exige que estejamos sempre indo e vindo. Indo e vindo diante de verdades que são pouco claras para a maioria das pessoas. A questão são os hormônios, por exemplo. Temos uns 50 hormônios dentro de nós, produzidos por vários órgãos. Todos os hormônios são para o bem, porém… Eles são “soldados” do nosso cérebro, assim como pensamos “ordenamos”, e a partir das “ordens” esses soldados cumprem com o dever: para o nosso bem ou para o nosso mal. Hormônios são como remédios naturais do corpo, mas como todo remédio eles exigem doses adequadas e nas horas certas. Antes de abrir a porta do assunto, lembro ainda que hormônios são como gasolina e óleo no motor de um carro, sem eles o carro não anda. A postagem do jornal paulista trazia como título: – “Cortisol: o hormônio do estresse é mesmo o culpado por seus problemas de saúde”? Não, o cortisol não é o culpado de nossas loucuras ou doenças físicas. Ele é um “soldado” que cumpre ordens do cérebro, dos nossos pensamentos. Já dou um exemplo dos usos mais freqüentes que fazemos do cortisol sem a consciência do mal… Quando estamos por ser atacados, por um animal ou por um bandido, temos duas saídas: enfrentar ou fugir. Nos dois casos o cortisol nos joga mais açúcar no sangue, dando-nos mais força para o enfrentamento. Só que essa situação nos ocorre todos os dias sem que tenhamos uma situação real, física, diante de nós. Temos, isso sim, as inquietações, os medos, os ódios, as ansiedades que nos jogam cortisol no sangue. E esse cortisol usado fora de suas obrigações naturais como “soldado” do corpo nos envenena e nos traz doenças físicas. E assim com todos os hormônios, eles são para o nosso bem, mas os nossos ranços de pensamento, nossas encrencas emocionais nos levam a ter hormônios na corrente sanguínea sem que deles precisássemos. É como usar um revólver de defesa para um “suicídio”. O revólver do bem vira uma arma letal contra a própria pessoa. Os hormônios são uma benção da natureza, mas nossas cabeças são caçambas de lixo… E daí… Sabemos o resto.

HISTÓRIA

História? Pode ser, mas li como verdade… Faz muitos anos. História de um americano com uma doença incurável. Deram a ele poucos meses de vida. O sujeito não discutiu, comprou uma passagem e iniciou uma viagem marítima ao redor do mundo. Os meses foram passando e doença ficou quieta. Quando ele terminou a viagem os médicos disseram, surpreendentemente, que o paciente estava curado, sem sintomas. Já conto mais.

CURA

De onde viera a cura milagrosa do paciente que embarcou para uma viagem onde ele no fim morreria? Acontece que ao embarcar, condenado pela medicina a morrer em poucos meses, o sujeito largou de tudo o que o preocupava, não dava mais bola para nada, só vivia seus momentos presentes a bordo no transatlântico. Foi esse desapego, essa lavagem cerebral que o curou. Esse “remédio” pode curar qualquer um… O diacho é que poucos acreditam nisso.

FALTA DIZER

Quem pensa muito se encrenca. Muitos, por exemplo, perguntam qual o sentido da vida. A vida não tem sentido, nada tem sentido senão pelo sentido que damos às coisas que andam por aí… Quem dá sentido à vida somos nós, do nosso jeito. Ou mesmo sem sentido nenhum, que é o melhor sentido…

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.