Pinguins invadem o litoral de Santa Catarina no inverno

Pinguins-de-Magalhães em Florianópolis (SC) em 2021, após reabilitação — Foto: Nilson Coelho/ R3 Animal

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

25/06/2024 - 09:06 - Atualizada em: 25/06/2024 - 09:14

Um dos eventos marcantes do inverno no litoral de Santa Catarina é o início da temporada de chegada dos pinguins ao estado. Segundo a Associação R3 Animal, essas aves migram da Patagônia, no Sul da Argentina, em busca de alimentos e águas mais quentes. Os primeiros avistamentos já ocorreram, como registrado no fim de semana em Florianópolis.

Durante o inverno, os pinguins deixam suas colônias reprodutivas e nadam até a costa Sul e Sudeste do Brasil. Em Santa Catarina, a espécie mais comum é o pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus).

A maioria dos pinguins que chegam às praias catarinenses são juvenis, na sua primeira migração, frequentemente cansados e desnutridos devido à longa jornada, conforme observado pela associação. Muitos acabam se separando dos grupos. Também é comum encontrá-los debilitados devido a obstáculos no caminho, como interações com outros animais, redes de pesca, lixo marinho e outras atividades humanas.

O Projeto de Monitoramento de Praias é uma das organizações responsáveis pelo cuidado dos pinguins que chegam machucados à costa catarinense. Segundo a instituição, o primeiro indivíduo a receber cuidados médicos nesta temporada foi encontrado cedo no litoral, encalhado em 30 de abril na Praia de Salinas, em Balneário Barra do Sul, no Litoral Norte catarinense. O juvenil foi avistado por um morador, que acionou os bombeiros. Posteriormente, foi resgatado e está agora sob cuidados no Centro de Reabilitação da R3 Animal.

A associação também compartilhou orientações sobre como agir ao encontrar um pinguim na praia:
– Se o pinguim estiver nadando, não se aproxime, pois ele pode estar saudável e apenas de passagem;
– Se encontrar um pinguim morto ou debilitado na areia da praia, entre em contato com o Projeto de Monitoramento de Praias pelo telefone 0800-642-3341;
– Evite forçar o pinguim a retornar ao mar, pois ele pode estar cansado ou debilitado;
– Não coloque o pinguim em contato com gelo, pois animais debilitados têm dificuldades para regular sua temperatura corporal;
– Afaste animais domésticos, pois podem ferir o pinguim e transmitir doenças;
– Evite se aproximar ou tocar no animal. Se necessário movê-lo para um local seguro, coloque-o em um ambiente seco e aquecido;
– Use luvas de látex e máscara facial ao lidar com o pinguim, e depois descarte adequadamente.

Um avistamento notável ocorreu recentemente na Praia do Campeche, em Florianópolis, registrado por Ben Fuller, que descreveu a emoção de testemunhar o pinguim nadando livremente na natureza.

Notícias no celular

Whatsapp

Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).