Um estudante, de 13 anos, é suspeito de ter esfaqueado dois colegas dentro de sua própria escola.
As vítimas são uma menina, de 12 anos, e um menino, de 13.
O caso aconteceu na manhã desta segunda-feira (17), na Escola Municipal Governador Carlos Lacerda, no bairro Ipiranga, região Nordeste de Belo Horizonte.
Segundo informações de uma das vítimas aos policiais, o ataque aconteceu durante o intervalo das aulas.
A menina estava sentada em uma mureta do pátio da escola quando o suspeito se aproximou pelas costas e desferiu vários golpes de faca na vítima.
Ela sofreu três cortes nas costas, sendo um profundo na região lombar e dois superficiais.
Ao ver o ataque, um amigo que estava perto tentou ajudá-la, e acabou sendo esfaqueado na mão direita, se tornando a segunda vítima.
Segundo relatos das testemunhas, o autor ainda tentou agredir outros alunos, mas foi impedido.
Os adolescentes esfaqueados conseguiram correr até a diretoria para pedir ajuda, onde receberam os primeiros socorros.
A vice-diretora da escola afirmou aos policiais que testemunhou o tumulto, os gritos e a correria no momento do ataque.
As vítimas foram encaminhadas para o hospital Odilon Behrens e estão estáveis.
A escola informou que o autor possui Transtorno do Espectro Autista (TEA), era acompanhado por um professor de apoio e não tinha histórico de violência ou agressão.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que a família do aluno agressor apresentou um laudo médico à escola, atestando o transtorno do espectro autista e atraso mental.
Aos policiais, o autor do ataque disse não se lembrar do ocorrido.
A Polícia Civil encaminhou os envolvidos e seus respectivos responsáveis legais à delegacia.
Foi lavrado o Auto de Apreensão em Flagrante por Ato Infracional do agressor, pela prática de ato infracional análogo ao crime de homicídio tentado.
O agressor foi apreendido e conduzido ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH) em companhia da mãe.
A defesa do adolescente afirma que ele faz acompanhamento psicológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), não tem histórico de comportamento agressivo e que o menino não sabe o motivo de ter levado uma faca para a escola.
* Com informações da CNN e do O Tempo