O deputado federal Jorge Goetten já está em condições de assumir o Republicanos em Santa Catarina, o que deve ocorrer já nos próximos dias. O primeiro-vice será Juca Mello, irmão do governador.

A direção nacional do partido deixou muito claro a Goetten que a ideia é respeitar os encaminhamentos nos municípios, coligações, composições e alianças com vistas ao pleito municipal de outubro.
Jorginho Mello, a seu turno, quando fez a costura com Marcos Pereira, deputado federal que pilota o Republicanos no Brasil, ponderou da importância da revisão de algumas negociações com destaque para Joinville, Blumenau, Itajaí e Criciúma.
Só que Goetten está entre a orientação nacional e a intenção estadual. Para qual lado irá o pêndulo isso só será decidido, evidentemente, em uma nova conversa entre o governador de Santa Catarina e o presidente nacional do Republicanos.
Janela

Poderá ser uma oportunidade para Jorginho Mello fazer alguns ajustes no governo, não só no Colegiado como nos demais escalões e com isso acertar o baralho nestas cidades.

Cidade “pexera”

Caso típico de Itajaí. Já estava tudo acertado para que o Republicanos (liderando vários partidos) indicasse o vice do PL, que seria o presidente da Câmara, vereador Marcelo Werner.

Cavalo-de-pau

Só que nesse meio tempo, para preservar a unidade do PL, foi preciso colocar o vereador Rubens Angioletti de vice de Robison Coelho. O Republicanos ficou de fora e berrou, acertando os ponteiros com o candidato Osmar Teixeira, do PSD, apontando justamente o nome de Werner para compor na majoritária.

Espaços

A ideia do governador é justamente tentar vencer essas dificuldades pré-eleitorais com acomodações administrativas. Até porque se ele anuncia um grande acordo e cede um deputado federal ao partido antes das eleições não tem sentido acordos anteriores, favorecendo adversários, como é o caso do PSD em várias cidades, venham a prevalecer.

Direção

O Republicanos vinha afinado com o PSD porque era presidido por Carlos Moisés, que ajustou os entendimentos para favorecer os pessedistas. O ex-governador enfrentou Jorginho Mello em 2022 e os dois tiveram várias escaramuças durante a campanha daquele ano.

Prazos

As convenções homologatórias expiram em 5 de agosto. Temos 12 dias de junho pela frente, o mês de julho todo também, então ainda há muito tempo para que o governador possa fazer as conversas necessárias e chegar a um bom termo com Marcos Pereira.

Jogo duro

Imaginar que ele vai aceitar passivamente o que estava acertado com o PSD é não conhecer o perfil de Jorginho Mello. Evidentemente que o Republicanos também pode estar querendo dar uma valorizada no passe para ser bem contemplado nas definições, exigindo gestos do governador. Se não for possível nas composições eleitorais, que isso seja viabilizado justamente no contexto administrativo. A conferir!