Dúvida ou medo? – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

19/06/2024 - 07:06

Se a vida fosse uma equação matemática, a vida seria insuportável. Insuportável pelo conhecimento antecipado que teríamos das futuras situações, boas ou más. Mas a vida não é matemática, e como não sabemos do futuro fazemos apostas, entramos em riscos… Dou um exemplo muito comum e que se vai perpetuar enquanto houver seres humanos sobre a Terra: casamentos. Antes de ir adiante, é bom lembrar que há um princípio da Psicologia que, esse sim, é inevitável, pelo menos nos primeiros momentos. Falo do principio que nos lembra que – a predisposição altera a percepção. Quando estou predisposto a ver alguma coisa, vou vê-la, de um modo ou de outro. Vou vê-la porque eu quero vê-la, eu a desejo. É o que explica o equivocado amor à primeira vista. Esse amor é apenas o encontro com um “desenho” que eu tinha criado na minha cabeça. Acabei de ler, no portal UOL, um artigo que se repete ad-aeternum, como diziam os romanos. O título do artigo é – “Como perceber que seu relacionamento não tem mais volta”. Ora, quem não sabe quando o balão furou? Quem não sabe que a sede acabou, que não é preciso mais água no copo? Quem não sabe que não tem dinheiro para comprar isto ou aquilo? Num relacionamento quando surge a dúvida sobre o ficar ou cair fora não há mais dúvida, é fazer a mala e dar no pé. Ninguém duvida quando o amor é amor. A dúvida é a certeza do não amor. Fora disso é permanecer por medo ou por interesses. Falando nisso, dia destes, uma leviana, traída, casada com um cantor famoso (famoso na casa da mãe Joana) disse que uma mulher traída não se deve prender a essa questão, não se vitimizar e bola pra frente! Bem assim a boboca falou. Tem cabimento um descaro desse tamanho? Eu queria ver o traidor dizer a mesma coisa se quem tivesse sido traído fosse ele. A “infelicidade” está solta no mundo de hoje, solta pelos que vivem regidos pelas redes sociais, pela estupidez das comparações, pelas invejas vazias, pelas mentiras e falsas felicidades que a maioria vive postando. Enfim, quando surge a dúvida sobre continuar ou não num relacionamento, o relacionamento já acabou. É cair fora.

CAMISETAS

Num documentário na GNT sobre hábitos e religião numa pequena cidade do interior da Bahia, uma cena me irritou. Uma mulher e a filha lavavam roupa no pátio. Certa altura, a garota vai pendurar no varal uma camiseta de futebol. De quem era aquela camiseta? Certamente de um filho, de um irmão. E por que o vagabundo não lavou e não estendeu a camiseta, por que uma mulher? Safados, “bebezinhos”. As famílias têm que botar os machinhos nos eixos. Ferro!

LEI

As mulheres são maioria populacional e eleitoral, mas quem cria as leis são os homens. Isso tem que acabar. E estou a esperar por uma lei que vise a castrar todo estuprador. Castração definitiva, sem discussões. Reação das mulheres; de outro modo, ordinários vão continuar culpando sempre as mulheres por tudo. Vão? Vão até que elas acordem para o poder que é delas, batam na mesa e façam os “caídos” sumirem dos mandos…

FALTA DIZER

Todos querem ser, crescer, porém… Poucos admitem suar. Sem suor, companheirada, neca, peteca. É ficar patinando no mesmo lugar. Melhor é seguir o conselho: – “O sucesso não é construído durante o expediente. Ele é construído à noite, quando você se permite estudar mais do que os outros.”. E não perder tempo com joguinhos idiotas…

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.