Livraria Grafipel recebe exposição “O silêncio me traz respostas”, de Márcio Paloschi

Foto: Divulgação

Por: Elisângela Pezzutti

14/06/2024 - 16:06 - Atualizada em: 17/06/2024 - 11:36

O artista visual, pesquisador e figurinista, Márcio Paloschi, inaugura sua exposição com o tema “O silêncio me traz respostas” neste domingo (16), na Livraria Grafipel, em Jaraguá do Sul. Com curadoria de Nadja de Carvalho Lamas, a mostra segue até o dia 15 de julho, com entrada gratuita.

“Serão expostas fotografias pesquisadas de um período. Desdobramento que faço por mais de 10 anos – uma das minhas poéticas de desenvolvimento. Nesta exposição, faço um recorte neste arquivo “Mãos”. As imagens estão impressas em sublimação sobre tecido, pois olho para o meu entorno com as possibilidades vindas e utilizadas na indústria têxtil”, explica o multitalentoso artista gaúcho, radicado em Jaraguá do Sul.

A pré-visitação à mostra acontece neste sábado (15). “Mas a abertura ocorre no domingo, quando cada qual vai passar pela rua e se sentir instigado a ver, questionar, refletir e criar suas próprias linhas de memórias ou construções imaginárias”, completa Márcio Paloschi.

A escolha do local da exposição remete à relação de costura com o ambiente dos livros. “Em muitas linhas ditas com suas histórias… Linhas da mão e linhas da vida… Vidros externos… A rua como galeria… Fotos nos vidros. Deslocamento de um ambiente fechado para o aberto. Você caminha e vê as imagens na sua frente…”, observa Paloschi.

Curadora fala sobre o tema da exposição

A curadora da mostra, Nadja de Carvalho Lamas, destaca que Márcio Paloschi apresenta um projeto que decorre de investigação de longa duração a partir de diferentes perspectivas ‘com e sobre o corpo’, particularmente em relação a uma de suas extremidades – as Mãos.

“As mãos são extensão corporal, são pequenas, mas fundamentais, realizam as mais diversas e distintas atividades, desde as que exigem precisão, delicadeza, agilidade até aquelas que pressupõe força ou potência. Com elas realizam-se as mais diversas interações com e sobre o corpo, mas, também com o entorno e os contextos em que estão inseridas. Suas superfícies revelam as marcas do tempo, do ofício, do trato e da falta dele, das ações, das transformações e das mutilações. Têm identidade, evidenciam um jeito singular de estar e relacionar com o mundo”, afirma Nadja, completando que Ghiaroni, no exemplar soneto ‘Monólogo das Mãos’, evidencia que “a mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda; o operário construir e o burguês destruir; o bom amparar e o justo punir: o amante acariciar e o ladrão roubar; o honesto trabalhar e o viciado jogar. Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!”

Pensar a vida e seu contexto social

Ainda segundo a curadora, as fotos que compõem esta exposição provocam reflexões sobre o papel das mãos em diversos contextos e situações. Mas, principalmente, são reveladoras de identidades e seu apagamento, de distinta atuação na geografia do espaço urbano, revelam da segregação a inclusão. “Particularmente, materializam experiências vividas! Em tempo de tantas exposições e exploração de imagens do corpo idealizado, as mãos plasmadas em fotos falam e revelam as diversas dimensões da vida em seu desdobramento cotidiano. Eis um singular convite para pensar a vida e seu contexto social”, finaliza Nadja.

Material Educativo

As escolas estão convidadas a ter uma visita guiada com o artista, com uma conversa no entorno da linguagem apresentada na exposição. Para isso, foi desenvolvido material educativo – pensado pelas educadoras Alena Marmo e Letícia Mognol – que será disponibilizado, “criando uma extensão com este ponto de apresentação da imagem até o desenvolvimento de Arte Educação na escola, expandir o possível, reverberar e pensar”, com um conjunto de papéis, carimbo, recortes em madeira, tinta para reprodução do seu olhar sobre o tema e texto de apoio para o professor em sala de aula.

Para visitação em grupos de alunos é necessário agendar diretamente com a Grafipel (fone 47 3275-0137).

No dia 13 de julho (um sábado), às 10h, na Grafipel, será realizada uma roda de conversa com o artista, curadores e educadores.

Serviço:

O quê: Exposição “O silêncio me traz respostas”
Artista: Márcio Paloschi
Curadoria: Nadja de Carvalho Lamas .
Quando: 16 junho a 15 de julho
Onde: Livraria Grafipel
Endereço: Rua Quintino Bocaiúva, 42 – Centro, Jaraguá do Sul
Horário Comercial

 

 

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Elisângela Pezzutti

Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na área jornalística há mais de 25 anos, com experiência em reportagem, assessoria de imprensa e edição de textos.