O caudilhismo é algo presente em qualquer parte do mundo. E o Brasil? Claro que não foi uma exceção. Nós tivemos aqui uma figura que marcou a época. Leonel de Moura Brizola. Um caudilho simpático, insinuante, carismático e que conseguiu suplantar o exílio, retornando após a anistia e conquistando novos mandatos.
No mesmo ano ele também elegeu o governador gaúcho, Alceu Collares.
Pegada
História que seria completamente diferente se Brizola tivesse chegado a grande final contra o então Caçador de Marajás. Depois, em 1994, Brizola chegou a ser vice de Lula. E nunca mais teve aquela importância política, foi se apequenando e perdeu relevância.
Vermelhou
O caudilhismo, de alguma maneira, foi ganhando cores também no PT. O fundador número 1 da legenda é aquele que encarnou o papel de sindicalista e retirante nordestino, também ex-torneiro mecânico Luiz Inácio Lula da Silva.
Primeira derrota
Deputação
Lula da Silva se elegeu deputado federal na sequência e participou da Assembleia Nacional Constituinte.
Persistência
O canhoto disputou também os pleitos presidenciais de 1994 e 1998 e na quarta tentativa, em 2002, se elegeu. Antes disso, Fernando Henrique Cardoso havia cumprido dois mandatos.
Bico e pena
O tucano-mor tentou fazer como sucessores José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves. Nenhum deles teve sucesso. Consequentemente, o PSDB foi perdendo consistência.
Liberais
O PFL, lá na década de 1990, era muito forte e comandado por Jorge Konder Bornhausen. Que fazia parte do grupo de Marco Maciel, ex-vice de FHC durante oito anos do tucanato no poder.
Mas Marco Maciel não tinha perspectiva eleitoral. O nome que estava sendo preparado era do filho do então senador e ex-governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, ex-deputado Eduardo Magalhães.
Roteiro
Sou do Sul
Foi aí que Lula teve que escolher entre dois gaúchos: Tarso Genro, gaúcho da gema, nascido no Rio Grande; e Dilma Rousseff, mineira de nascimento, mas que construiu a sua carreira também no estado vizinho.
Erro histórico
A deidade vermelha optou pela mulher. Ela se elegeu com o seu apoio e se reelegeu com o seu respaldo. Mas sucumbiu na metade do segundo mandato com o impeachment.
Poste
Durante a sua prisão, Lula da Silva escalou Fernando Haddad, o famoso poste, que polarizou com Jair Bolsonaro e foi pro segundo turno, fazendo quase 45% dos votos. Votação nada desprezível, registre-se.
Faria Lima
Baiano
O Ministro da Casa Civil, Rui Costa, que foi oito anos governador da Bahia e que hoje é o braço direito do presidente no Palácio do Planalto. O terceiro é o ex-governador do Ceará, eleito senador, Camilo Santana, hoje ministro da Educação.
Sem chance
A perspectiva de um desses três ganhar corpo para suceder a Lula é remota, porque Lula nunca preparou o sucessor. A exemplo de Brizola, não passa de um caudilho.