Nos últimos dias, Jorginho Mello tem nadado de braçada politicamente falando em Santa Catarina. Ninguém chega nem perto dele. O governador, com uma gestão administrativa que vem se havendo bem, e que, na questão política, vai muito bem, com seus desdobramentos partidários e eleitorais.
Afinal, em agosto desse ano começa a campanha municipal, uma espécie de prévia do pleito majoritário de 2026.
O governador já trouxe o Republicanos para o seu guarda-chuva – MDB e PP estão no governo; e o próximo deve ser o Podemos. Não se sabe se no transcurso ainda de 2024 ou a legenda virá para os braços do PL no ano que vem.
Muito bem! O PL vai se reforçando no âmbito das articulações pilotadas pelo governador. Mas no seio da legenda, o desconforto é flagrante. Jorginho Mello assumiu o governo e não deixou a presidência estadual da sigla, algo inédito na história de Santa Catarina.
Círculo fechado
Todas as movimentações, as articulações visando uma boa convivência com a Assembleia não são pilotadas por parlamentares. Nem mesmo pelo líder do governo no Legislativo estadual, mas sim pelo próprio governador ou pelo advogado Filipe Mello, que é o filho caçula do chefe do Executivo.
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Nas negociações eleitorais, como a composição de chapas em Florianópolis junto ao prefeito Topázio Neto ou nas conversações com o PP já olhando para 2026, quem atua constantemente é o primogênito de Jorginho, Bruno Mello.
Multifunções
Filipe ainda atua no eixo administrativo junto à Casa Civil e, também, como advogado. Na questão envolvendo a mudança partidária do deputado federal Jorge Goetten, do PL para o Republicanos, foi ele quem entrou com uma consulta junto à Justiça Eleitoral.
Sombras
O governador tem em torno de si algumas personalidades que o acompanham há décadas. Podemos dizer que existe um grupo de uma dezena de colaboradores de sua mais estrita confiança. Além deles, o irmão Juca Mello e fiéis seguidores, como a escudeira Nara Godoy, que acompanha Jorginho desde o primeiro mandato dele como deputado estadual.
Proximidade
Ela tem um desempenho e uma atuação determinante no PL estadual. Tanto que Jorginho foi a Brasília reunir-se com Valdemar Costa Neto, esta semana, na companhia dos dois filhos e de Nara.
Mão única
Então, tudo isso faz com que as movimentações administrativas, partidárias, eleitorais e políticas de toda ordem passem por um grupo muito restrito e isso tem incomodado deputados estaduais, federais e prefeitos que percebem uma grande concentração de poder. Os correligionários acabam ficando fora do circuito.
Jornais
A esmagadora maioria das lideranças liberais toma conhecimento das decisões pela imprensa. Por isso, que muitos deles, integrantes das bancadas estadual e federal, têm pressionado o governador para ampliar o leque, abrindo condições deles participarem de alguma maneira dos rumos partidários e administrativos. A conferir!