Está fazendo água o projeto do PL em Balneário Camboriú. E não é de hoje. O prefeito Fabrício Oliveira, que vetou o nome do deputado Carlos Humberto, natural e favorito à sua própria sucessão – até porque foi seu vice por seis anos -, optou por um ilustríssimo desconhecido, Peeter Lee Grando, comunicador e pastor de uma igreja envolvida em graves denúncias.
O alcaide conseguiu, junto a Jorginho Mello e ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o comando do processo. E continua fazendo lambança, trapalhadas que começaram bem antes da unção da dupla liberal.
Peeter, que não é o Pan, não decolou nas pesquisas, o que já era mais do que óbvio. Há uma série de denúncias envolvendo a igreja Bola de Neve de Balneário, onde ele é pastor auxiliar.
Importante registrar que o blog não tem absolutamente nada contra a pessoa de Peeter, que é profissional competente. Mas que se submeteu a uma engenharia política vergonhosa.
Como Carlos Humberto não retirou seu nome e prometeu ir à convenção, isso também enfraqueceu o projeto de Fabrício para o pleito deste ano.
Banco de areia
Peeter Lee patina, não saiu da praia, está encalhado. O que só favorece a vereadora Juliana Pavan (PSD), filha de Leonel Pavan, que vem avançando nos levantamentos estatísticos, também pela absoluta ausência de Carlos Humberto no processo, e vai nadando de braçadas.
Canoa furada
Agora chega informação que, neste cenário, partidos importantes estão batendo em retirada da presepada oficial. O MDB já teria aderido ao projeto do PSD. Só sobrou o vereador Marcelo Achutti, que tem cargos no governo, mas que lá na undécima hora também deve se unir à candidatura de Juliana.
Yes, we can
O Podemos deve seguir o mesmo caminho. Outra legenda que avalia seriamente sair da canoa – furada – é o União Brasil. O partido já estava fechado politicamente com Fabrício.
Dados
A direção estadual do UB fará uma pesquisa para se certificar do quadro, mas a tendência é de desembarque. Para se incorporar à coligação do PSD. É o que indicam os bastidores.
Rombo irrecuperável
Seriam três partidos importantes saltando da nau emborcada do PL, que está rachado. Todo o grupo do deputado Carlos Humberto não vai aderir à candidatura de Peeter Lee ou de outro nome que seja apontado pelo “gênio da lâmpada” que atende pelo nome de Fabrício de Oliveira.
Balaio de siri
Mas mesmo que seja o comunicador e ex-sócio de Fabrício o candidato, ele já queimou a largada. Se outro for escolhido, há muito pouco tempo para viabilizar uma nova candidatura. Estão embretados num projeto personalista para atender os próprios interesses do grupo.
Fora dessa
Outro aspecto. Até que ponto Jorginho Mello e Jair Bolsonaro vão subir no palanque de uma candidatura eivada de suspeitas morais, de denúncias graves sobre a igreja, em projeto capitaneado pelo prefeito? Têm tudo para puxar o freio de arrumação. Fabrício caminha celeremente para o isolamento.
Que é isso
Mas também é preciso registrar que houve um erro crasso por parte do governador do Estado. Errou politicamente ao oferecer autonomia ao prefeito em vez de apostar em Carlos Humberto. Movimento até infantil do experiente, experimentado e astuto Jorginho Mello.
Ah tá
A alegação é de que Michelle Bolsonaro intercedeu em favor dessa turma que usa o nome de Cristo – um grupelho muito bem identificado – através do pastor Silas Malafaia, que é muito ligado ao líder local da igreja de Fabrício Oliveira, Michael Aboud. Outra figurinha famosa nos bastidores.
Tchau, queridos
O resultado disso tudo é que o PL, que tinha a eleição bem encaminhada em Balneário Camboriú na figura de Carlos Humberto, está entregando, de mãos beijadas, o comando desta vitrine nacional e internacional ao PSD.