Costumo ir a dois supermercados em Florianópolis, são diferentes nas ofertas. Nos dois supermercados, sempre que posso, converso com o pessoal que atende nas caixas, pessoal que faz as cobranças e coloca as compras na sacolinha plástica. Poucos instantes de conversa, mas valem a pena. Num desses supermercados há uma jovem muito simpática, tem jeito de baiana, mas é catarinense da seiva. Faz pouco tempo que ela me disse que havia casado. Pouco tempo, bem pouco. Ontem, passando por ela outra vez, ela me disse – “Prates, se dia destes tu não me encontrares mais por aqui é porque já viajei, estou indo embora”! Arregalei os olhos, indo embora? Vais para onde? E ela me disse que o marido dela, que é mineiro de Uberaba, está voltando para a terra dele, várias razões. Quase abri a boca para dar um sermão na jovem simpática, mas calei. Desejei-lhe boa sorte e sai mascando uma áspera urtiga. A urtiga amarga da minha indignação diante das mulheres que largam tudo e vão atrás dos maridos. É o que mais acontece. Em casos muitos especiais, casamentos de muito tempo, transijo, mas casamentos de pouco tempo não, não transijo. Vejo as mulheres que agem assim como dependentes e sem voz. E jamais vi o contrário, o machinho largando tudo da vida dele para seguir a esposa que foi transferida pela empresa onde ela trabalha. Jamais vi um caso desse tipo, mas vejo, ouço e leio sobre mulheres que largam tudo para seguir os passos do “chefe”. Há dois tipos de independência por que as mulheres devem ser educadas e por eles lutar: a independência cidadã e a independência financeira. Não tendo essas independências, babaus, a mulher vai ter uma corda no pescoço, vai depender do marido. E sem essa de que – “Ah, não preciso trabalhar, ele é muito rico e somos casados em comunhão de bens”! Sem essa, esse tipo de postura revela a mulher que não se respeita. Chega de mulheres dependentes, chega! E o que dizer de ordinários, até então casados, que ganham um prêmio merreca num reality de televisão e no dia seguinte já estão chamando a esposa de namorada? Esses tipos querem ficar livres para o “mercado” das ordinárias que não se respeitam e livres para andar por aí. Independência, mulheres! Independência ou dependência escrava.
DISSIMULADOS
Todos os dias ouço o zumbido de flechas envenenadas atiradas contra os traficantes de drogas, tudo bem, mas… Não haveria tráfico de drogas, traficantes, não existissem os consumidores. E por que não disparam as mesmas flechas envenenadas contra os viciados? Ah, entendo, é porque há muita gente “boa”, graúdos, eles e seus filhos no consumo de drogas. Sociedade hipócrita. Sem os “consumidores” nenhum negócio funciona ou prospera. “Puxadores”!
TEMPOS
O que menos falta entre nós é gente metida a interpretar fatos, a criticar governos, instituições, de tudo um pouco, mas… Ninguém discute ou lança os torpedos necessários e educativos contra as legiões de idiotas que se proclamam ou são chamados de “influencers”. Influenciadores do quê? Do nada. Quem de fato influencia, serve como exemplo, não anda por aí em tiktoks tolos, perdendo tempo e ganhando aplausos de gente por igual, cabeças vazias. Aos livros, gente!
FALTA DIZER
Segundo um levantamento da Nielsen, empresa especializada em mensuração e análise de dados, em 2022 havia cerca de 500 mil influenciadores brasileiros com pelo menos 10 mil seguidores cada… Hoje já devem ser mais de um milhão. E leitores de livros, quantos? O atoleiro fica cada vez mais fundo!