Você sabe quais são as 15 bactérias de alto risco para saúde ?

Foto: Rodolfo Parulan Jr./GettyImages

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

21/05/2024 - 10:05 - Atualizada em: 21/05/2024 - 10:40

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Na sexta-feira (17), a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou uma atualização na lista de Patógenos Bacterianos Prioritários 2024, destacando 15 famílias de bactérias que representam riscos à saúde humana devido à resistência a antibióticos. A lista, categorizada em prioridades críticas, altas e médias, visa orientar o desenvolvimento de tratamentos necessários para conter a propagação desses microrganismos resistentes.

Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta de resistência antimicrobiana da OMS, destaca que a lista, inicialmente publicada em 2017, ganha atualização em um momento em que a ameaça da resistência antimicrobiana se intensifica. Essa revisão visa mapear a carga global de bactérias resistentes a medicamentos e avaliar seu impacto na saúde pública.

A resistência antimicrobiana, fenômeno em que bactérias, vírus, fungos e parasitas não respondem aos medicamentos, aumenta o risco de doenças graves e mortalidade. No contexto bacteriano, essa resistência, conhecida como resistência a antibióticos, gera as chamadas “superbactérias”. O uso inadequado e excessivo de antibióticos pelos pacientes é apontado como uma das principais causas desse problema.

Jérôme Salomon, diretor-geral adjunto da OMS para a Cobertura Universal de Saúde, Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, ressalta que a resistência antimicrobiana compromete a eficácia do tratamento de infecções graves, como a tuberculose, elevando as taxas de mortalidade.

Prioridade crítica:

  • Acinetobacter baumannii, resistente a carbapenem;
  • Enterobacterales, resistentes às cefalosporinas de terceira geração; e
  • Enterobacterales, resistentes a carbapenêmicos;
  • Mycobacterium tuberculosis, resistente à rifampicina.

Prioridade máxima:

  • Salmonella Typhi, resistente às fluoroquinolonas;
  • Shigella spp., resistente a fluoroquinolonas;
  • Enterococcus faecium, resistente à vancomicina;
  • Pseudomonas aeruginosa, resistente a carbapenêmicos;
  • Salmonella não tifóide, resistente às fluoroquinolonas;
  • Neisseria gonorrhoeae, resistente à cefalosporina e/ou fluoroquinolona de terceira geração;
  • Staphylococcus aureus, resistente à meticilina.

Prioridade média:

  • Estreptococos do grupo A, resistentes a macrolídeos;
  • Streptococcus pneumoniae, resistente a macrolídeos;
  • Haemophilus influenzae, resistente à ampicilina;
  • Estreptococos do grupo B, resistentes à penicilina.

A OMS reforça a importância de uma abordagem abrangente de saúde pública para enfrentar a resistência antimicrobiana, garantindo o acesso universal a medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento de infecções. A lista atualizada serve como guia para a identificação e gestão desses patógenos, visando preservar a eficácia dos tratamentos antimicrobianos.

 

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).