A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central, de reduzir o ritmo de queda da taxa Selic, tem relação direta com a questão fiscal brasileira, na avaliação da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Além do cenário externo conturbado, o afrouxamento da meta fiscal brasileira traz insegurança para o cenário local e atrapalha a redução dos juros a níveis adequados para o aumento da atividade econômica e dos investimentos, diz o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar.
Por isso, a Fiesc insiste na necessidade do governo equilibrar suas contas o quanto antes. E que se faça isso pelo lado das despesas, sem aumento da já elevada carga tributária, pois isso representaria a criação de um novo obstáculo para a retomada econômica.
Nesta quarta-feira (dia 8), o Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,25 p.p., para 10,5% ao ano. A decisão indica uma desaceleração nos ritmo de queda da taxa, que vinha baixando 0,5 p.p. a cada reunião. Em comunicado, a entidade reafirmou que “uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação”.