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O sucesso delas – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

08/05/2024 - 07:05

Não me considero um virtuoso, então, posso dizer sem sobressaltos que admiro as pessoas que me conquistam, mas que me conquistam só depois de eu contar até 10… Um desses casos é o da Gisele Bundchen. Gisele foi a modelo que encerrou o ciclo de desfiles em passarela, foi a mais longeva, a mais bonita, a mais discreta. E esta última virtude me encanta numa pessoa bonita, rica e famosa, caso da Gisele. Gisele poderia andar por aí sacudindo as saias, afinal, ela é a Gisele das passarelas do mundo. Mas não, Gisele é quieta, discreta. Divorciou-se depois de vários anos casada com um atleta estadunidense, o Tom Brady, jogador de futebol americano. Os dois bem famosos, a Gisele pelas passarelas do mundo e o Tom nos estádios americanos. Riquíssimos. Ao se separarem não faltou quem dissesse que Gisele o devia ter traído, coisas típicas e ditas por mulheres “concorrentes”, inventam. Sobre a separação, numa entrevista recente, Gisele disse que – “Isso acontece com muitas mulheres: elas levam a culpa quando têm coragem de sair de um relacionamento pouco saudável e são rotuladas como infiéis”. Repito, quem mais diz isso de uma famosa e separada são as mulheres. No Brasil, a mulher que tem coragem de acabar com um casamento nefasto, ruim, acaba surrada, esfaqueada ou abatida a tiros. É o que mais acontece, é a reação típica dos machos de aparência, os cuecas molhadas. Eles não aceitam serem mandados embora. Ser mandado embora por uma mulher significa, para os machos impotentes, que eles não se garantiram como homens, quando no mais das vezes o que lhes faltou foi um bom caráter. Não vamos longe, acabei de ler a história de uma empreendedora brasileira, dona de um comércio de cosméticos de grandeza multinacional, que disse enfrentar dificuldades em administrar mulheres, mulheres suas empregadas, elas fazem beiço, discutem suas decisões. E assim também fazem os fornecedores e credores. Ela acabou botando o marido na fachada da empresa para as coisas fluírem melhor. E deu certo. Os parvos pensam que é ele, o homem, que é proprietário e dirige a empresa. Mulheres são as piores inimigas das mulheres e os homens frágeis, a escandalosa maioria, de igual modo as desfazem. Nascer mulher é um desafio, o desafio que justifica a vida.

TÁXIS

Um conselho aos meus amigos taxistas. Sempre ando com alguém nas minhas idas e vindas de táxi. E quase sempre, o motorista inicia uma conversa ou faz acusações de ordem política contra este ou aquele político. Errado. Ele abre espaço para uma antipatia ou discussão. Esportes, política e religião são campos minados para conversas. Melhor é fechar o bico ou falar sobre o tempo. Não é o que tenho visto e ouvido.

MULHERES

Um sujeito contando num programa de viagem na tevê sobre hábitos e costumes de alguns povos, povos atrasados, nojentos, lá do outro lado do mundo. Nessas terras, os pais escolhem vagarosamente entre vários rapazes quem vai casar com a filha deles. Os pais escolhem o futuro marido, a jovem, coitada, não tem nenhum comando sobre a vida dela. Credo, que nojo? Mas não se iluda, se bobearmos, farão a mesma coisa por aqui…

FALTA DIZER

Manchete: – “Cientistas americanos de Nova Iorque garantem que insetos, moluscos e crustáceos podem ter alguma consciência”. Podem? Claro que os bichos são como nós, mas de modos diferentes. Quem já não viu uma formiga levando pedaços de folhas para o formigueiro, preparando-se para o inverno? Os bichos não são animais, “animais” são outros que bem conhecemos…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.