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Internações e mortes por influenza e vírus sincicial aumentam no país

Foto: Divulgação / Prefeitura de Gaspar

Por: Pedro Leal

02/05/2024 - 18:05 - Atualizada em: 02/05/2024 - 18:17

O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) continua a aumentar no país, principalmente as infecções por vírus sincicial respiratório (VSR) e por Influenza. Os dados estão na nova edição do Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (2) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As informações levam em conta a Semana Epidemiológica 17, no período de 21 a 27 de abril.

Segundo o boletim, a maior circulação do VSR tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de SRAG nas crianças de até 2 anos de idade. Outros vírus respiratórios que se mantêm com incidência alta na população infantil são Sars-CoV-2 (covid-19) e rinovírus. Entre os idosos, o número de mortes por SRAG continua mais elevado, com predomínio da covid-19.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os principais casos de resultado positivo para vírus respiratórios foram:

  • 58,0% para vírus sincicial
  • 7,9% para Sars-CoV-2 (covid-19)
  • 24,3% para Influenza A
  • 0,4% para Influenza B

Em relação às mortes nas quatro últimas semanas, os principais responsáveis foram:

  • 46,4% para Sars-CoV-2 (covid-19)
  • 38,0% para Influenza A
  • 11,6% para vírus sincicial respiratório
  • 1,1% para Influenza B

Quando se considera os casos positivos do ano corrente, os números são:

  • 35,8% de vírus sincicial respiratório (VSR)
  • 35,0% de Sars-CoV-2 (covid-19)
  • 16,3% são de Influenza A
  • 0,3% de Influenza B

Diante desse quadro epidemiológico, a vacinação é fundamental, destaca o pesquisador do Programa de Computação Cientifica da Fiocruz e coordenador do Boletim InfoGripe, Marcelo Gomes. “

É muito importante que a população busque, em particular, se vacinar contra a influenza, que está com campanha aberta, ampliada nacionalmente pelo Ministério da Saúde para todas as faixas etárias. Mas como não é o único vírus respiratório que está com grande circulação, só a vacina da gripe não vai resolver todos os problemas. Ela vai ajudar, obviamente, a diminuir essas internações especificamente associadas ao vírus. Por isso, o uso de boas máscaras também é um aliado extremamente fundamental, especialmente para quem tiver indo para unidade de saúde, e também a pessoa que estiver com sintomas de infecção respiratória.”

O pesquisador também reforça a importância do uso de boas máscaras (N95, KN95 e PFF2) para quem apresenta sintomas de resfriado. Elas ajudam a diminuir o risco de transmissão para outras pessoas. “Faça repouso, faça o isolamento, porque isso também vai ajudar não só na sua própria recuperação, como também diminuir a exposição do restante da população”, aconselha Marcelo Gomes.

Estados

Na análise por unidades federativas, 22 registram crescimento de casos de SRAG na tendência de longo prazo:

  • Alagoas
  • Amazonas
  • Amapá
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Goiás
  • Maranhão
  • Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul
  • Minas Gerais, Pará
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul
  • Rio de Janeiro
  • Rondônia
  • Santa Catarina
  • Sergipe
  • São Paulo
  • Tocantins.

Em relação aos casos de SRAG por covid-19, o indicativo é de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Nas demais regiões, a tendência é de estabilidade em patamares relativamente baixos.

Capitais

Na análise por capitais, 19 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG:

  • Aracaju
  • Boa Vista
  • Plano Piloto e arredores de Brasília
  • Campo Grande
  • Cuiabá
  • Curitiba
  • Florianópolis
  • Goiânia
  • João Pessoa
  • Maceió
  • Manaus
  • Palmas
  • Porto Alegre
  • Porto Velho
  • Recife
  • Rio de Janeiro
  • São Luís
  • São Paulo
  • Vitória
Da Agência Brasil

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).