Florianópolis tem se destacado no cenário turístico nacional e internacional pela revitalização de algumas de suas praias. Antes destacadas por areias brancas, aos poucos foi vendo o espaço diminuir por conta de ações da natureza. Os alargamentos de Canasvieiras, Ingleses e agora Jurerê além de ampliar os espaços de lazer nos balneários, revalorizou os bairros que estavam em baixa. Ao todo, foram mais de 8 km de faixas de areias ampliadas.
Junto com Florianópolis, outras cidades de SC seguem no mesmo caminho. Balneário Camboriú ampliou seus quase 6 km e ganhou nova vida. Anos atrás, Piçarras já havia alargado seus mais de 2 km. Com isso, o estado passa dos 16 km de engordados. Um recorde. E vem mais por aí: Itapema, Navegantes, Itapoá e Barra Velha têm estudos para seguir os mesmos movimentos.
As obras, no entanto, são caras. Em BC, o custo aproximado foi de R$ 60 milhões; em Floripa, de R$ 68 milhões, com parte dos recursos bancados pelo Governo do Estado.Piçarras, que fez a obra em 1998, pagou cerca de R$ 10 milhões. Em todos os casos, os gestores públicos apontam o crescimento econômico do turismo como garantidor da recuperação dos investimentos.
As questões ambientais também entram na pauta. Responsável pelas licenças ambientais em Santa Catarina, o Instituto do Meio Ambiente do estado (IMA) destaca que “todos os procedimentos cumpriram os requisitos para a concessão das licenças e, portanto, foram conduzidos à luz do que preconiza a atual legislação ambiental”.
O órgão, porém, garante que está aperfeiçoando a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambient (Consema), que é o responsável por reger os projetos de alimentação artificial das praias. A decisão ocorreu dentro do 1º Workshop sobre Alimentação Artificial de Praias – Prática e Gestão Ambiental, evento feito em 21 de novembro de 2023 que debateu a erosão das regiões litorâneas catarinenses.