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O verbo da galera – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

29/04/2024 - 07:04

Se o verbo “desistir” fosse um sapato, bah, já estaria sem sola há muitos anos. Desistir é o verbo dos frouxos, dos assustados, dos desistentes existenciais. Claro que há momentos na vida em que melhor é mesmo desistir, mas são momentos de exceção. Mais das vezes, as pessoas desistem por frouxidão, covardia, insegurança pessoal. Dia destes, no programa “É de Casa”, da Globo, Galvão Bueno (que está de volta ao vídeo) entrevistou um jovem baiano, Rafael Araújo. Esse sujeito quando era criança sofreu um acidente e ficou com a mão bem quebrada, foi um parto para voltar, em parte, a ser o que ele era até o momento do acidente. Muitas idas e vindas ao médico e o guri ficou fascinado pelo trabalho do médico. Botou na cabeça, ainda gurizote, que seria médico quando crescesse. Garoto pobre, morador de Feira de Santana, muito pobre. Cresceu e fez vestibular para Medicina. Fez e foi reprovado. Fez o segundo,

reprovado. Encurtando a história, ele fez 28 vestibulares para chegar à felicidade, à aprovação, vai ser médico. Foi entrevistado por essa bravura. Quem é que tenta 28 vezes por alguma coisa na vida? Rafael conseguiu. Ele não sabe conjugar o verbo desistir. E os outros milhões de pobres, pobres de espírito, de alma, de caráter, será que tentam com obstinação chegar aos seus sonhos? Raros. O verbo desistir é muito fácil de conjugar, e achar desculpas faz parte do jogo. Quando botamos na cabeça um desejo, um desejo alinhado às nossas potencialidades, ninguém nos segura, vamos cruzar a linha da vitória. E assim com tudo. Mas fique claro, a pessoa tem que desejar o que deseja com as vísceras, com o sangue, com as tripas, não apenas com a boca. Infelizmente, poucos são assim, haja vista que são poucos os vencedores que conhecemos entre os nossos amigos. O sonho tem que valer a pena, tem que ser um sonho daqueles de tirar o sono, e aí, junto à lembrança do aforismo eterno, dizer a pessoa a ela mesma: – “Eu creio e sei que tudo é possível ao que crê”. E dito isso, suor para que te quero… Vai dar certo. Ah, essa gana só não vale para casar com ele ou ela. Se for assim, vai ser bucha na certa.

POBREZA

A pobreza das cabeças se revela por suas falas, por seus credos, por suas pregações. Tem cabimento idiotas andarem lutando para legalizar e vender cada vez mais e mais armas para o povo, para o povo iletrado? E campanhas de livros, e os incentivos à leitura quem dos arrogantes faz? Em Brasília do antes e do depois é onde eles não estão, ah, não estão nem estiveram. E haverá “prêmios” aos incentivadores, líderes, das campanhas para mais e mais armas? Sonsos…

DESCULPA

Ele é um cara conhecido, faz televisão. Acaba de ser demitido porque usou da desculpa do “burnout” para trabalhar em casa, no homework da comodidade. A empresa não aceitou a história do burnout gerado pelo trabalho presencial e demitiu o funcionário. Muitas críticas contra a empresa. Não minhas. Burnout é desculpa fria para não trabalhar ou para pegar leve. Ponto!

FALTA DIZER

Uma verdade tão velha quanto a Terra, porém… Poucos se dão conta. Nascemos, todos, com o mesmo tempo do relógio, mesmíssimo. E quantos aproveitam o tempo para crescer na vida e viver mais feliz, nem digo mais folgados? Perder tempo é um grande negócio para os desculpistas, mas… Lá adiante vão se dar conta e acordar. Será tarde.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.