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O que se sabe sobre a socialite mantida em cárcere privado na capital carioca

A socialite Regina Gonçalves costumava dar festas em seu apartamento em Copacabana Crédito: Reprodução/Society Rio-SP/Denis Rocco

Por: Pedro Leal

22/04/2024 - 18:04 - Atualizada em: 22/04/2024 - 18:46

O desaparecimento da socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, preocupa os moradores do luxuoso edifício Chopin, localizado ao lado do hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Viúva do empresário Nestor Gonçalves, fundador do Conglomerado do Grupo Nestor Gonçalves e Grupo Copag do Brasil, ela teria sido mantida em cárcere privado depois de cair em um golpe do antigo motorista.

Vizinhos notaram o sumiço da idosa, que era figura presente nos eventos e festas. Segundo jornais cariocas, Regina teria conseguido fugir de seu sequestrador e se refugiou na casa de familiares.

As informações são dos jornais O Povo, Diário do Rio e O Globo.

Segundo relatos dos moradores do prédio, a socialite se distanciou dos vizinhos, amigos e familiares. Durante o seu afastamento, gritos e pedidos de socorro eram ouvidos em seu apartamento – ao ser questionada, no entanto, ela afirmava estar bem.

Enquanto era mantida encarcerada pelo ex-motorista, ele teria arrombado os cofres do apartamento de Regina e ainda vendido uma mansão em São Conrado, bairro da Zona Sul do Rio.

Ela teria sido, ainda, forçada a uma união estável, possibilitando a transferência de propriedades para o agressor, segundo o Diário do Rio.

“De repente, não conseguíamos falar com ela pelo telefone fixo. Era só no celular dele. Depois, nem no celular dele”, relatou o empresário João Chamarelli em entrevista ao O Globo. Ele disse representar a família de Regina.

A socialite conseguiu fugir do sequestrador em janeiro deste ano, em um momento descuido dele. Então, ela fugiu para a casa de um irmão, em Copacabana.

O edifício Chopin é conhecido pelas festas de moradores na virada do ano e por ser endereços de famosos, como a socialite Narcisa Tamborindeguy e sua irmã, Alice Tamborindeguy; a atriz Maitê Proença; o cantor Gilberto Gil e a jornalista Liliana Rodrigues.

Chamarelli informou que ainda estão fazendo um inventário dos bens roubados. “Realmente, é um contexto complexo. Os cofres da casa foram arrombados, mais de cinco. Ela tinha uma coleção de joias”, completou, em entrevista.

Vizinhos de Regina no edifício Chopin, denunciaram a situação às autoridades. Apesar de se desenrolar sob sigilo de justiça, a notícia da investigação por cárcere privado vazou, sendo assunto da coluna da jornalista Lu Lacerda na última sexta-feira, 19.

Regina Glaura Lemos Gonçalves é filha de imigrantes portugueses e nasceu na cidade de Passos, Minas Gerais. Quando se mudou para o Rio de Janeiro, conheceu o paulista Nestor Gonçalves, com quem foi casada até a morte dele, em 1994.

Os dois nunca tiveram filhos.

Regina foi condecorada com o título de Cidadã Honorária da cidade do Rio de Janeiro com emenda feita pelo ex-vereador Jairinho, em 2012, que justificou a honraria com os investimentos de Regina e do marido na cidade.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).