Segurar o tchan – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

17/04/2024 - 07:04

Era mais ou menos isso o que era dito às pessoas que estavam ansiosas por fazer alguma coisa que não lhes seria um bom negócio, segurar o tchan… Mais do que nunca, o “segurar o tchan” devia estar na moda. As pessoas, por maioria, estão sem disfarces dizendo e fazendo coisas absolutamente ridículas. Acabei de ver a foto de vários atores famosos, americanos, europeus, com a moda dos “piercings dentários”. Camaradas imbecis com as bocas deformadas pelos tais piercings dentários, “decorações” de todo tipo nos dentes. Nada barato e fácil. Piercings de ouro, moldados de todo tipo, flores, corações, bichinhos, tudo bem trabalhado em ouro, prata, o que for de mais caro. Só que os caras ficam ridículos, claro que eles querem aparecer, passar a idéia de suas riquezas, riquezas bancárias porque na cabeça são pobretões baratos. Outra das modernidades, aliás, uma modernidade em que o Brasil é campeão mundial, são os repuxos faciais, harmonizações faciais, outrora chamadas de operações plásticas. Chegamos ao ponto de o fundador da L’Ocitane dizer que – “Brasileiras fazem plástica demais e destroem seus rostos”. Há um programa numa das nossas tevês, um programa de negócios, apresentado por uma mulher, ela já tem uma certa idade… Eu a imagino bonita, linda mesmo, mas… Ela fez uma harmornização que não lhe ficou bem, se ela tivesse ficado como era estaria linda hoje e até sempre… Por que tentar recuar no tempo, por que tentar outro rosto se o nosso rosto é nosso desde o berço ao último suspiro? Desnorteio, falta de família, falta de amigos, solidão existencial e desespero competitivo. Se beleza garantisse paz, felicidade e amor ou amores longevos e felizes, as bonitas e os bonitos seriam felizes para sempre. Caramba, é preciso dizer isso? Será que as pessoas, por dentro, com elas mesmas, não sabem disso? Sabem, mas deixam-se levar pelos modismos gerados pelas cabeças-ocas e carnavalescas, maioria absoluta entre nós. O fundador da L”Ocitane disse mais – “As pessoas no Brasil fazem muita cirurgia plástica. Começam com 30 anos, aí aos 40 tem que fazer uma segunda. Aos 50 fazem uma terceira, e na verdade estão destruindo seus rostos”. O que eu digo ao empresário? Não perca tempo, senhor!

ANTIPATIA

Sinto funda antipatia por jovens que precisam de ajuda para decidir sobre o que fazer mais tarde na vida. No site UOL esta manchete: – “Testes vocacionais online ajudam na escolha da carreira”. O sujeito chega aos 16, 17 anos e não sabe o que quer fazer na vida? Como é que “outras coisas” aprenderam rápido e escondem o jogo dos pais? Claro, isso quando os pais também dão bola para a educação dos filhos… Esses jovens vão ser dos que trabalham só por dinheiro. Merrecas da vida!

ARQUIVOS

Abrir os olhos e fechar a boca? É por aí. Ouça esta que vem da ONU – “Agrotóxicos no Brasil, para café e cana de açúcar, o Brasil permite níveis de agrotóxicos 10 vezes superiores aos da União Européia; para a soja, são 50 vezes os da EU. Para maçãs e brócolis, 200 vezes os da EU. Para alface, 600 vezes”. Vem daí doenças de todo tipo e cânceres multiplicados. Sem falar nas águas poluídas… Brasssilll.

FALTA DIZER

Atletas americanas que vão às Olimpíadas de Paris reclamam que seus “maiôs”, deviam ser calções, são muito cavados e sexistas. Não é a primeira vez, já houve no passado reação das inglesas. Os “homens” que mandam nos uniformes fazem isso para atrair mais público masculino nos jogos, as pernas das mulheres atraem. Canalhas.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.