O Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu (Cigamvali), que já havia contratado o laboratório da Universidade Regional de Blumenau (Furb) para realizar uma pesquisa sobre a eficácia do CBM (Controlador Bioativo do Maurim), utilizado no controle do inseto nos municípios da região, assinou o contrato de um novo projeto em parceria com a Universidade. Na tarde desta terça-feira (16), foi apresentado o parecer jurídico do projeto aos prefeitos da Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) na sede da entidade, em Jaraguá do Sul.
O prefeito de São João do Itaperiú, Clézio José Fortunato, presidente da Amvali e do Cigamvali, explicou que serão trabalhados os municípios de Corupá e São João do Itaperiú, ambos com geografia diferentes e grande incidência de maruim. “Parece que existem várias espécies de maruim. Então serão feitos estudos também para descobrir quantas espécies existem na região e para isso serão colocadas 15 armadilhas em cada cidade”. O trabalho também visa estudar o ciclo de vida do inseto, além de descobrir qual é o seu predador natural.
O novo projeto, que deve iniciar nos próximos dias, terá duração de um ano e caminhará junto com o trabalho que já vem sendo desenvolvido sobre a eficácia do CBM, embora este último já esteja em fase de conclusão. “O estudo sobre a eficácia do CBM foi contratado em março. Em abril foi feita a escolha dos locais para aplicação. Nos próximos dias serão coletados os compostos orgânicos e amostras para dar inícios aos testes de laboratório”, detalhou o diretor-executivo do Cigamvali, Ronnie Leonel Lux.
Segundo Fortunato, o investimento no projeto será de R$ 482 mil e o trabalho vai envolver um grupo de pessoas, entre pesquisadores e funcionários.
O presidente observou que o maruim não é um problema que ocorre somente no Brasil, mas no mundo inteiro. “Há cerca de 20 anos a Amvali se preocupa com a questão do maruim, mas até então não tínhamos tanta incidência. Então é chegado o momento de fazermos mais esse investimento. O consórcio já tem saldo para isso, nós vamos precisar de muito pouco de cada município, apenas R$ 12 mil, para finalizarmos o projeto. A comunidade quer uma solução e temos que continuar tentando”, afirmou.