Ouça esta e abra o olho: – “Nas próximas duas décadas a depressão deverá afetar mais pessoas que o câncer ou as doenças cardíacas, constituindo a maior causa de afastamento do trabalho…” Preocupante? Quem diz isso é a Organização Mundial da Saúde.
Mas o que o pessoal ainda não sabe exatamente é o que determina esse abatimento moral. Ninguém enfatiza nada, mas eu entro na jogada chutando de bico, é a minha opinião e psicólogos podem ter qualquer “opinião” sobre comportamentos, afinal, Psicologia não é ciência, é filosofia. Sim, tudo bem, a Filosofia é a mãe de todas as ciências, na sua melhor definição.
A vida moderna abate os mais fracos e destrói os “aparentemente” fortes. Os mais fracos se deprimem, os aparentemente mais fortes saem da vida por outras razões. Sair da vida é morte, claro que você entendeu. Tudo como consequência das “exigências” da modernidade, da vida nos grandes centros e hoje até nos vilarejos, afinal, por lá também chegaram a televisão e o celular, essa droga maldita, e a internet. O celular era um bem enquanto apenas telefone portátil…
Deixou de ser. O celular é hoje uma das razões das loucuras das multidões, das alienações, das neuroses, dos tropeços existenciais e, claro, das depressões. Contatos em “redes sociais” deprimem, abatem, matam… aos poucos.
Hoje é preciso “ser”, ser pelo ter, preciso ser visto, preciso estar bem, preciso viajar, preciso estar em festas concorridas, preciso de um “bom” carro, preciso de roupas da moda, preciso, enfim, ser muito do que nunca quis ser e sei que isso tudo nem me faz bem… Por frouxidão de caráter, as pessoas vão cedendo, vão sendo vencidas pelos rebanhos dos insensatos, a estúpida maioria…
Ser bom, honesto, discreto, trabalhador ético está fora de moda, haja vista esses matungos que aparecem todos os dias na televisão, os acusados da Lava Jato e a estonteante maioria dos políticos. Pais e mães frívolos, crianças órfãs de pais vivos e que são “educadas” por dinheiro e presentes… Será que um tal tipo de vida não deprime? Bom, não vamos longe, já contei aqui sobre “Os Cinco Maiores Arrependimentos à Beira da Morte”, livro da australiana Brownie Ware, uma moça cuidadora de idosos desenganados pela medicina.
No livro, ela conta que o maior arrependimento das pessoas, o mais comum, é – “Não ter vivido a minha vida, mas a vida que os outros esperavam que eu vivesse”… É a vida em rebanho, sem rumos próprios e com a permanente preocupação de ser como os outros. Se isso não enlouquecer, não sei mais nada…
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