O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná retomou nesta segunda-feira (8) o julgamento que pode levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato. Durante esta tarde, foi realizada a terceira sessão para analisar o caso.
Se for cassado pelo TRE, Moro não deixará o cargo imediatamente porque a defesa poderá recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Se a eventual cassação for confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do senador. Ele também poderá ficar inelegível por oito anos.
Entretanto, o julgamento foi suspenso novamente após o pedido de vista do desembargador Julio Jacob Junior, segundo ele, dará seu voto na terça-feira (9). Após o pedido de vista, o desembargador Guilherme Frederico Hernandes Denz, que seria o sexto a votar, pediu para adiantar o próprio voto e aderiu ao voto do relator, contra a perda do mandato.
Moro é acusado de abuso de poder econômico durante a pré-campanha das últimas eleições presidenciais. Até então, dos sete desembargadores da Corte, apenas quatro votaram. A última atualização do placar foi de um voto a favor da cassação do mandato e três votos contra.
Confira os votos:
- Desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza: contra a cassação
- Desembargador José Rodrigo Sade: a favor da cassação e pela inelegibilidade
- Desembargadora Claudia Cristina Cristofani: contra a cassação
- Desembargador Guilherme Frederico Hernandes Denz: contra a cassação
Ainda faltam votar:
- Desembargador Anderson Ricardo Fogaça – juiz de Direito efetivo;
- Desembargador Sigurd Roberto Bengtsson – presidente.
O julgamento iniciou no dia 1º de abril com o voto contrário do desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do caso. No dia, o desembargador José Rodrigo Sade se manifestou a favor da cassação. A defesa de Moro ainda poderá recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), caso ele seja efetivamente cassado.